Barry: A dualidade de uma comédia

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A segunda temporada da série contou com um total de 17 nomeações para o prémios Emmy.

“Barry”, a série de comédia negra da HBO que acompanha um ex-veterano de guerra, que atualmente trabalha como hitman, no entanto parece encontrar-se numa espiral negativa da sua vida. A série que conta com duas temporadas de oito episódios, escrita e produzida por Alec Berg e Bill Hader que são também diretores da maioria dos episódios.

A terceira e quarta temporada já estão escritas, no entanto ainda sem data de estreia.

Bill Hader apesar de grande parte do público europeu o reconhecer de IT Capítulo 2, Hader esteve no Saturday Night Live durante 14 anos e em “Barry” é a personagem principal com o mesmo nome.

A cena de abertura da série expõe desde logo o trabalho de Barry, um assassino a contrato a terminar mais uma missão, no entanto, quando regressa a casa percebemos que Barry parece estar numa espiral negativa. Fuches (Stephen Root), o seu agente que é responsável pela gestão financeira e logística dos assassinatos, propõe uma nova missão, em Los Angeles, matar o personal trainer da esposa do chefe da máfia chechena.

É muito interessante a relação entre Barry e Fuches, assemelhando-se quase a uma relação de um ator e do seu agente, que ignora o bem-estar do cliente dando prioridade à parte monetária.

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Parece apenas mais um trabalho simples, mas quando Barry está a seguir o alvo vê-se no meio de uma aula de formação de atores, que o faz sentir incluído, levando-o a contemplar uma mudança de vida, deixando assim os assassinatos para trás. No entanto, ao longo da série é confrontado com as consequências da sua vida dupla, que resulta em mais mortes e esquemas, não muito eficazes.

Vivendo nestes extremos, Barry ultrapassa as suas próprias barreiras morais, enquanto se tenta assegurar de que aquele não é mesmo assim, encontra-se várias vezes em momentos que afirma que é a “partir desta morte que deixa de matar”, mas rápido percebe que a transição não é assim tão simples.

Contudo, tendo em conta que é uma comédia negra, por vezes pode ser bastante gráfica, mas também com momentos cómicos muito interessantes.

Especial destaque para um dos melhores episódios dentro de séries do mesmo género, o quinto episódio da segunda temporada, tudo corre mal a Barry numa tentativa de poupar o seu alvo, acabando por ser perseguido por uma criança algo peculiar.

Um episódio que conta com diversas cenas de “ação” e luta pouco convencionais, com uma cinematográfica muito interessante que trabalha muito bem com o ritmo do episódio, ajudando a criar a emoção necessária para cada momento.

“Barry” é definitivamente uma surpresa, pois acaba por ser muito mais do que uma série de comédia leve, contando com uma performance que reafirma o calibre de Bill Hader que já conta com um primetime Emmy.

De sublinhar que ambos os escritores da série sublinharam que durante a pandemia, conseguiram finalizar o guião de mais duas temporadas.

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