Filme da Semana: “Alien, O Oitavo Passageiro”, de Ridley Scott

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A semana passada estreou a sequela de Prometheus, Alien: Covenant (ambos de R. Scott), em duas salas no país. Esta semana chega às restantes salas.

A razão porque este filme merece a nossa atenção, é por marcar o regresso de Ridley Scott ao leme de um filme do universo Alien. O primeiro dos três que realizou, um clássico da ficção científica, é o nosso Filme da Semana: Alien, O Oitavo Passageiro.

Em 1979, Riddley Scott fundou um dos universos cinematográficos mais conhecidos de sempre. Desde então, já vamos no sexto filme do franchise. No entanto, apesar de já serem vários capítulos, é unânime que “O Oitavo Passageiro” e “O Reecontro Final” são os melhores. Vamos então olhar para aquele que iniciou tudo.

Antes de regressar à Terra, a nave Nostromo faz um desvio após receber alguns sinais pouco comuns de uma nave. Ripley (Sigourney Weaver) interpreta este sinal como um aviso e não um pedido de ajuda. Ainda assim, e porque sem isso não teríamos história, a tripulação faz uma visita à nave. Lá dentro, encontram um cenário de milhares de ovos estranhos. De um dos ovos sai um “Facehugger”, que acaba por se agarrar a um dos tripulantes (John Hurt). Mais não conto, porque o resto é para verem.

Então porque é “Alien, O Oitavo Passageiro” tão bom, um verdadeiro clássico?

Bom, podemos começar pela maneira como Riddley Scott idealizou este mundo e como pegou numa ideia que poderia ser menosprezada e fez disso um filme sério. Noutras mãos, Alien podia ser apenas mais um filme com uns monstros assustadores, com pouco ou nenhum conteúdo. Criou um mundo com um tom assustador, escuro e claustrofóbico. A música de Jerry Goldsmith, como sempre, contribui para a atmosfera que se quer criar, pesada e nervosa. Todas as cenas têm o seu propósito e são bem executadas, com a câmara a ter um papel chave.

Obviamente que outro ponto forte é o Alien em si. Isso deve-se principalmente a H. R. Giger, um artista plástico, que desenhou todas as formas na evolução do nosso “monstrinho”, desde ovo a adulto. Além disto, também contribuiu para o restante mundo visual, como por exemplo a nave.

Outra coisa a ter em conta são os efeitos especiais. Sim, hoje em dia não são propriamente espectaculares, mas temos de nos lembrar que já passaram quase 40 anos. Para a altura, Alien  estava muito bem servido e com momentos verdadeiramente arrepiantes.

Por fim, outra coisa que salta à vista, é a qualidade da representação. É óbvio que com o argumento de Dan O’Bannon as coisas tornaram-se muito mais simples, mas ainda assim é preciso ter as pessoas certas, nas personagens certas. John Hurt e practicamente o elenco inteiro estiveram irrepreensíveis. No entanto, Sigourney Weaver foi a que mais se salientou e é facilmente o seu papel mais memorável.

Aliás, esta é mais uma das razões pela importância de “O Oitavo Passageiro”: uma personagem feminina a “comandar” as operações. Ripley é uma personagem forte, determinada e corajosa que podia ser um homem. Mas Ridley Scott e companhia, sem preconceitos, arriscaram.

Espero ter-vos convencido que “Alien, O Oitavo Passageiro” foi, de facto, inovador e um pioneiro, daí ser hoje considerado um clássico absoluto e um filme imperdível.

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