Crítica: “Black Mass – Jogo Sujo” de Scott Cooper

© Warner Bro's Pictures
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Jogo Sujo: A Máfia Irlandesa, o FBI e um Pacto com o Diabo existe graças à escrita de dois repórteres de investigação Dick Leher e Gerard O´Neill. É um livro, do ano 2000, que se transformou num bestseller do New York Times.

Em 2015 escrevo-vos sobre “Black Mass – Jogo Sujo”, o filme que, provavelmente, oscarizará Johnny Depp!

São cento e vinte e dois minutos bem passados onde o realizador Scott Cooper nos conta a história do crime organizado nas ruas de Boston, nos anos setenta, e o sombrio acordo entre o FBI e James
Whitey Bulguer. Johnny Depp é Bulguer, um psicopata gangster muito
temido da história americana. O lendário Whitey Bulger conhece John Connolly no Verão de 1948. Três décadas mais tarde reencontram-se ocupando Connolly um lugar de destaque no FBI e
sendo Bulguer o padrinho da máfia irlandesa. Os velhos conhecidos estabelecem uma aliança, onde Bulguer auxiliava o FBI a derrubar a máfia, em troca de protecção pessoal.
Senti este filme. Existem duas camadas na história que nos é contada. Se por um lado estamos perante uma história de crime e corrupção, por outro, existe uma história de família, a dos manos Bulguer: Jim era o gangster mais poderoso da cidade enquanto que Bill , o caçula, era um poderoso político. Ambos eram astuciosos e implacáveis, ambos produto de um dos bairros sociais irlandeses mais isolados, o South Boston. A adaptação desta história para filme por Mark Mallouk e Jez Butterworth é muito boa e permite aos actores humanizarem os seus personagens sendo protagonistas ou antagonistas. Além disso, os diálogos são muito bem construídos, presenteiam e permitem aos actores momentos de sub-texto que deliciam o público.

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Se ninguém viu, não aconteceu” o ensinamento de Bulguer para o seu filho de seis anos, o silêncio da morte, assim como, o jantar entre a aliança são dos momentos mais incríveis da interpretação de Depp e fazem o espectador sorrir, comentar e ainda ficar com um nó no estômago. Não existem maus trabalhos neste filme. A banda sonora quase que nos empurra a caminhar com a bandidagem pelas ruas bostonianas, sem pensar-mos que no momento seguinte participaríamos num assassinato. A fotografia do filme, a sua realização, o guarda-roupa, os cabelos, a direcção de arte obriga-nos a sentir que vivemos na era de setentas.
Vou contar-vos um segredo: quando vou a um visionamento não vejo informação nenhuma acerca do filme, só no final. Não gosto de considerar informação que me vá auto-sugerir qualquer opinião.
Existiu um actor que não identifiquei num filme, que foi Christian Bale no filme Golpada Americana. “Black Mass – Jogo Sujo” foi o segundo filme em que isso me aconteceu, ter a certeza que Depp era mesmo James
Whitey Bulguer foi delicioso! Que performance! Que actor! E sabem o que é melhor? É que ele não está sozinho e existem excelentes interpretações que merecem ser vistas e revistas. Dia 8 de Outubro de 2015, vou voltar a ver. E vocês?!

Este escrito não está de acordo, com o novo acordo ortográfico.

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