Glória | O imprevisível jogo de espiões em Portugal

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Estreou a 5 de novembro a primeira série portuguesa com o selo Netflix: Glória.

O que precisas de saber sobre Glória

Em 1968, Portugal era o centro das atenções americanas e soviéticas.

Numa altura em que a Guerra Fria estava a “aquecer” e, em Portugal, estava em voga o Estado Novo e a Guerra Colonial, a aldeia de Glória do Ribatejo vê-se no meio de todas estas frentes.

Quando a CIA constrói uma base de retransmissão (RARET) na aldeia ribatejana, João Vidal (Miguel Nunes), recruta dos russos do KGB, infiltra-se para conseguir atrapalhar as operações americanas, em prol da União Soviética.

Pelo meio, há ainda a presença da PIDE e referências ao regime ditatorial português e a realidade da Guerra do Ultramar em África.

A realidade portuguesa no Estado Novo

O Estado Novo é bem representado na série, com a presença de elementos que ilustram a época, como a PIDE e referências a figuras de poder. Vemos algumas cenas que retratam a vida dos soldados portugueses na Guerra do Ultramar, em que é possível observar o medo e a angústia de muitos soldados por serem “forçados” a lutar.

As histórias são bem sustentadas, com alguns plot twists imprevisíveis e que deixam o espectador de boca aberta. As personagens e as suas motivações são bem exploradas e provocam, muitas vezes, emoção ao espectador.

Desde o protagonista João Vidal, ao ‘arco’ de Fernando (João Arrais) no Ultramar, à vida pessoal de Ramiro (João Pedro Vaz) e Sofia (Maria João Pinho), é interessante ver como estas histórias se interligam e dão vida à aldeia de Glória.

Glória é uma série bem gravada e representa um salto de qualidade para outras produções nacionais. Conta com um excelente elenco e consegue conjugar bem os idiomas português e inglês, ainda que algumas vezes seja estranho ver legendas e logo a seguir a língua portuguesa.

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