Moxie | O grito silencioso de Amy Poehler pelo feminismo

Tabela de Conteúdo

Realizado por Amy Poehler, Moxie estreou há pouquissimo tempo na Netflix. Este filme prometia mais discussão sobre igualdade de géneros, bullying, assédio e violência.

Será que vale a pena ver?

Amy Poehler sempre nos presenteou com humor, mesmo quando falamos de assuntos muito sérios. Depois de nos presentear com trabalhos notáveis como Parks & Recreations e Divertida-mente, vemos agora este Moxie.

Moxie é baseado no livro de Jennifer Mathieu, com o mesmo nome, onde a expressão “fight like a girl” nunca fez tanto sentido. Com um elenco jovem e pouco conhecido, Moxie é divertido, tocando em assuntos particularmente sensíveis nos dias que correm.

Vê também: Tudo Pelo Vosso Bem: Rosamund Pike, a perfeita vilã

Não só Poehler realiza, como também faz parte do elenco como Lisa, a mãe de Vivian (Hadley Robinson). Vivian frequenta uma escola onde há diferentes tratamentos para rapazes e raparigas, despoletando a sua revolução.

Secundário é um altura difícil, mas neste filme, a escola de Vivian é especialmente tóxica. Todos os anos parece que são publicados “rankings” como “Melhor rabo” ou “Melhor prateleira”. Vivian acha isto extremamente irritante, mas ninguém parece estar incomodado, excepto a rapariga nova Lucy (Alyxia Pascual-Peña). Lucy não só sente-se enojada com estes rankings como desafia constantemente o arrogante Mitchell (Patrick Schwarzenegger), o míudo mais popular.

Quando Lucy faz queixa sobre os assédios que sofre por parte de Mitchell, a directora da escola simplesmente acha que é um comportamento típico de rapaz. Apesar de Vivian e da sua melhor amiga Claudia (Lauren Tsai) não serem rebeldes por natureza, Vivian decide agir! Inspirada pela mãe outrora também revolucionária, decide montar a Moxie, uma revista que é rapidamente espalhada pela escola.

Vê também: Animaniacs: O reboot que critica os reboots

Vivian não toma qualquer crédito por este movimento. É melhor manter tudo no anonimato. E pouco a pouco, as raparigas da escola começam a identificar-se com esta revista Moxie.

Kiera (Sydney Park) e Amaya (Anjelika Washington) são duas jogadoras de futebol que estão revoltadas por a equipa feminina ter menos apoio que a masculina. Kaitlynn (Sabrina Haskett) foi mandada para casa por usar um top de alças. CJ (Josie Totah) não pode fazer a audição para um papel porque é trans. E Lucy, a maior apoiante deste projecto, espera ver este movimento a crescer.

Penso que umas das partes mais importantes do filme é quando Vivian fica frustada pela falta de participação por Claudia. No entanto, Claudia tenta explicar que ela importa-se “mas gostaria de fazer as coisas à maneira dela”. Moxie tenta deixar isto bem claro, não precisamos todas de agir da mesma maneira para defender o feminismo. Num grupo tão heterogéneo de estudantes, podemos perceber perfeitamente que cada um age de modo diferente para apoiar este projecto.

Vê também: 10 piores traduções de títulos de filmes em Portugal

Penso que este Moxie falha na conclusão. Depois de temas debatidos como o assédio ou o bullying, nada é verdadeiramente aprofundando, apenas sublinham ao de leve a passam ao próximo problema. A cena final merecia ter sido melhor trabalhada, principalmente quando o assunto abordado é tão sério.

Apesar de passar como mais um drama de adolescentes, Moxie é divertido e aborda temas muito actuais e sérios. Não é um filme de grandes gargalhadas, ou uma sátira como Giras e Terriveis, mas em geral, Poehler continua o seu trabalho como verdadeira feminista.

 

 

O que achaste? Segue-nos @cinema_planet no Instagram ou no @cinemaplanetpt Twitter.

Partilha este artigo:
Translate »