Supernatural: Até a morte rejeita os Winchesters

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Chegou ao final a 10ª temporada dos caçadores de demónios, vampiros e todas as criaturas que habitam os nossos pesadelos. Os irmãos Sam e Dean Winchester, que já cá andam por estas bandas há cerca de 10 anos, parecem não se fartar de fazer o mesmo vezes e vezes sem conta e o público também não, pois aqui ficou forjada a melhor dupla da televisão de sempre.

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Um verdadeiro fã de Supernatural sabe perfeitamente que a razão por que continua a ver a série após tantos anos reside nas prestações magníficas de Jensen Ackles e Jared Padalecki e na dinâmica de como estes dois atores encarnam dois irmãos tão diferentes mas que se completam em todas as situações. A narrativa principal da 10ª temporada gira em torno de Dean, que está (ainda) sob o efeito maligno da Marca de Cain e que parece estar a ceder à força das trevas provocada pela mesma; o problema é que Dean corre o risco de voltar a ser um demónio, se a Marca o consumir e, portanto, cabe a Sam tentar encontrar a salvação. Castiel e Crowley também estão de regresso e, cada vez mais, mostram ser apostas certeiras para o enriquecimento das aventuras dos caçadores que, sinceramente, já viram melhores dias. Outro novo membro é Rowena, uma bruxa impiedosa e muito carismática, interpretada pela talentosa Ruth Connell, e o seu papel vai gradualmente tornando-se mais importante para a narrativa.

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Apesar de ser sempre um prazer ver os irmãos Winchester fazerem aquilo que fazem melhor, o público já sente o cansar da série, gosta mas vê por ver; a história estica-se até a um limite de exaustão e, para todos aqueles que, como eu, a seguiram durante anos, sentem que dar um destino final a Sam e Dean era mais que bem-vindo. Há que dar mérito pela constante renovação das pequenas linhas criativas de história e da forma como ainda cativam o olho mais desatento do espectador. Um dos momentos auge da temporada (e de toda a série) surge na criação de um episódio especial para o 200º capítulo, onde Dean e Sam tentam ajudar umas meninas endiabradas numa escola secundária e que estão a planear um musical de Sobrenatural, com base nos livros que foram criados. É difícil descrever as emoções, assim que uma voz jovem começa a cantar Carry on My Wayward Son, dos Kansas, tema icónico da série; tanto nos cria nostalgia como uma ânsia de dizer: “é aqui que devia terminar” mas, claro, a temporada chegou ao fim ao 23º episódio. A restante narrativa, que engloba os sempre divertidos anjo Castiel e Rei do Inferno Crowley, acaba por ser bastante interessante mas, mesmo assim, já nada nos surpreende. Embora o final tenha sido excelente, o espectador “reza” para que a série dê finalmente o seu ponto final e que Sam e Dean Winchester fiquem imortalizados na nossa memória como a melhor dupla de televisão de todos os tempos.

Vejam lá que de tantas idas e vindas do Purgatório, Paraíso e Inferno, até a Morte rejeita os irmãos Winchester mas, para isso, vejam os episódios, porque apesar de bem esticadinha e esmiuçadinha, a história e, em geral, a temporada é agradável.

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