Crítica: “Doctor Strange” de Scott Derrickson

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O mais recente filme do Marvel Cinematic Universe é um desafio interessante tanto visual como cognitivo.

Doctor Strange é um dos heróis da Marvel que já tem a sua dose de tentativas de conversão para filme. No entanto, a mais recente aposta da Marvel Studios é sem dúvida um sucesso.

O filme foca-se na origem do super-herói que lhe dá nome. Começa por abordar a vida do Doutor Stephen Strange antes de qualquer coisa “estranha” mudar o seu destino. Na busca pelo seu objetivo, é encaminhado para Kamar-Taj, em Catmandu (Nepal). De seguida, as circunstâncias levam-no a descobrir o mundo como nunca antes imaginara. Seguindo os ensinamentos da Anciã, Strange é treinado nas artes místicas e encarregado de proteger o mundo de ameaças mágicas.

doctor-strangeFiquei com a ideia convicta de que não podiam ter escolhido melhor o ator para a personagem principal. Benedict Cumberbatch, famoso pela personagem incrível e complexa de Sherlock, interpreta Stephen que, ao longo do filme, faz relembrar precisamente Sherlock. É uma personagem arrogante, exibicionista, que não admite falhas, egoísta e com um sentido de importância e superioridade enormes. Admirável é a luta por ultrapassar os seus próprios limites e renovar a sua forma de pensar. Cumberbatch faz um trabalho fantástico na evolução de Strange e da sua personalidade ao longo do filme.

strange“Doctor Strange” é um daqueles filmes que deve ser visto em 3D. Depois de ter visto em IMAX 3D, não é possível aconselhar outra coisa. Há uma experiência visual muito diferente do que foi feito até agora (um diferente muito positivo). Sem querer dar spoilers, existem partes do filme que parecem saídas de uma qualquer realidade alternativa psicadélica. As cores, os movimentos, as imagens, os efeitos… tudo parece extremamente surreal. É uma espécie de reviravolta cerebral de que é estranhamente possível gostar.

doctor-strange-2016-wallpapersO “vilão” pode não ser demasiado complexo, mas tendo como história a origem de um super-herói, entende-se. Apesar disto, é puro entretenimento. Uma dose de comédia bem calculada, um enredo complexo e interessante, e um visual “de outro mundo”. Sem esquecer, claro, o cameo de Stan Lee e as cenas pós-créditos (e sim, são duas, vale a pena esperar mesmo até ao final dos créditos completos).
É mais uma vitória para para os estúdios da Marvel.

Cumberbatch já confirmou ter contrato para pelo menos mais um filme de Doctor Strange. É aguardar a sequela. E, segundo algumas pistas nas cenas pós-créditos, espera-se a junção de Stephen com outros heróis Marvel no futuro.

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