Crítica: “Logan – The Wolverine” de James Mangold

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No futuro, um exausto Logan, escondido na fronteira Mexicana, cuida do adoentado Professor X. Mas as tentativas de Logan para se esconder do mundo e do seu próprio legado acabam quando uma jovem mutante chega, sendo perseguida por forças obscuras.

Começa a tornar-se difícil imaginar um ano que tenha passado sem um filme com super-heróis. Mas, na realidade, esta moda (que irá eventualmente desaparecer ou metamorfosear-se) ainda não completou duas décadas. Tem aliás 17 anos. E se durante este tempo tivemos filmes muito bons (“The Dark Knight”, “Avengers”, “Guardians of the Galaxy”, “Deadpool” e “Captain America: Civil War”), a verdade é que também tivemos umas maçãs podres a acompanhar (“Daredevil”, “Elektra”, “Green Lantern”, “Batman v. Superman” e “Suicide Squad”).

No entanto, durante estes 17 anos uma personagem tornou-se no sinónimo de um actor.

A personagem é Wolverine aka Logan aka Weapon X/Arma X. O actor é somente Hugh Jackman.

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O fenómeno de “X-Men” deve-se, em parte, à brilhante escolha de Hugh Jackman para o papel de Wolverine. Afinal de contas, o marketing do filme era todo à volta da personagem. Não importava se nos comic books Ciclope era o líder dos X-Men. Wolverine é que é cool.  Ele é que vai ser o herói protagonista. E ao longo de agora 9 filmes, Hugh Jackman não só deu provas de ter sido a escolha correcta, como mostrou inúmeras vezes o seu respeito pela fanbase e pela personagem que agora encarnava periodicamente.

É um facto que este foi o ponto de partida para a febre de Hollywood por super-heróis, e Hugh Jackman em muito contribuiu para isso.

Porém, tudo o que tem um começo tem um fim. E esse fim está aqui.

“Logan” é o canto do cisne de Hugh Jackman a Wolverine. E é…

O MELHOR FILME DE SUPER-HERÓIS ATÉ AGORA FEITO! TALVEZ O MELHOR DE SEMPRE!

Os cinco filmes que mencionei acima como bons são aqueles que considero os mais completos. Os que têm os melhores argumentos. Os melhores elencos. Os melhores realizadores.

“Logan” bate-os a todos. E sim, senhoras e senhores, eu sei que não devemos fazer comparações, mas é melhor que “The Dark Knight”. Digo-o e mantenho!

É o “Unforgiven” ou o “Gran Torino” dos filmes de super-heróis. Não é coincidência a música do primeiro trailer ter sido a cover de Johnny Cash de “Hurt”, ou o facto de “Shane” de George Stevens ser tão integral para a história. Estamos perante um western/road movie como nunca antes visto.

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É um filme que fala sobre a procura por uma réstia de esperança quando já não existe nenhuma. Nem que seja no momento antes do nosso último pôr-do-sol. Um filme sobre redenção.

Todo o elenco é brilhante, mas tenho de evidenciar o trabalho de Hugh Jackman e Sir Patrick Stewart. Dois gladiadores do palco que nos dão a honra de presenciar uma última luta de palavras e emoções como só dois grandes actores do seu calibre sabem fazer.

E que luta… Gloriosa!

Para os fãs dos comic books que sempre fantasiaram com uma berserker barrage de Wolverine, digo-vos, a vossa espera chegou ao fim. “Logan” é Violência. Não é violento. É violência pura. Imperdoável. Brutal. Suja. Sanguinária. Vingativa. Impiedosa. Se em momentos estarão aos gritos de entusiasmo para o ecrã, noutros estarão a suplicar em silêncio para que pare.

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Em suma, e porque falar mais sobre o filme iria implicar spoilers, “Logan” é a primeira obra-prima do universo cinematográfico de super-heróis. Passado e futuro. O meu único desejo é que não tentem fazer um reboot/remake nos próximos 20 anos.

Da minha parte termino com os meus sinceros agradecimentos a Hugh Jackman e Sir Patrick Stewart pela sua constante dedicação, empenho e respeito às personagens que fizeram suas, assim como à arte da representação.

Bravo! E obrigado!

Encham as salas de cinema e vejam este filme. Não irão arrepender-se.

Bom filme!

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