Com a adaptação norte-americana de “Death Note” prestes a chegar, muitas pessoas no Ocidente começam aos poucos a ouvir falar daquele que se tornou numa das séries de manga (e anime) mais famosas no Japão e à escala mundial.

Se nunca ouviste falar na história escrita por Tsugumi Ohba e ilustrada por Takeshi Obata, este artigo introduz-te a este thriller intenso.

5. O mau, o bom e o caderno

4. Um jogo com regras

3. Netflix será responsável pela quinta adaptação

2. Death Note: Há quase 15 anos a causar impacto

1. O que se pode esperar da adaptação norte-americana

Naturalmente irão ocorrer mudanças na narrativa, algo que a minisérie já fez, particularmente com as histórias pessoais das personagens. Com uma transição de cenário do Japão para os EUA, este tipo de mudança é natural e refrescante de modo a que a o espectador não esteja sempre a pensar na narrativa original enquanto vê esta nova versão.  Mas, claro, a qualidade da história também dependerá da “força” ou “fraqueza” da narrativa.

A julgar pelo trailer esta narrativa parece dar maior ênfase ao fator “ação” do que ao fator “diálogo”. “Death Note” sempre teve uma fama de ser uma série com bastante diálogo e muitos jogos mentais, algo que o trailer dá pouco a entender ao mostrar partes cheias de adrenalina. Não que a história original não tivesse os seus momentos mais intensos, contudo este trailer dá a impressão que a narrativa vai apostar mais em ação.

O essencial é que o conceito da história seja mantido: um rapaz descobre um caderno que pode matar pessoas, vai testando o que consegue fazer com ele e vê-se envolvido num jogo de gato e rato com um detetive excêntrico que o que trazer à justiça ao mesmo tempo que o próprio rapaz começa, aos poucos, a enlouquecer. A meu ver qualquer novo twist que ocorra será bem vindo, visto que se trata de uma história onde o suspense predomina.

Naturalmente não poderia terminar este artigo sem fazer alusão ao fator racial que tem provocado inúmeras discussões acesas desde o lançamento do último trailer. Uns criticam antecipadamente a série por não ter atores asiáticos, outros sentem-se insultados por a raça de L ser diferente (à semelhança da polémica que ocorreu quando Noma Dumezweni foi escolhida para interpretar Hermione Granger na peça de teatro “Harry Potter and the Cursed Child”).

Por um lado não posso deixar de achar que os fãs acérrimos do anime estão a ser de certa forma superprotetores (e devo dizer exageradamente reacionários) face a uma história que, do seu ponto de vista, foi aperfeiçoada pela adaptação em anime. Por outro lado após determinados fracassos, particularmente referindo-me à adaptação de Hollywood de “Dragon Ball”, é normal que muitos temam que esta história também vá ser ridicularizada.

Relativamente à questão racial, tal também tem uma razão de ser: um ator de origens asiático-americanas, Edward Zo, tentou ir ao casting para ficar com o papel de Light. Foi rejeitado porque a intenção não passava por incluir uma personagem asiática para o papel. A situação constrangedora, desde 2015 que tem causado algumas reações indignadas até mesmo da parte dos japoneses (que mesmo assim não levantaram o mesmo tipo de polémica que os fãs no ocidente).

Contudo irão os fãs da história original reagir bem a esta nova versão da história assim que o filme estiver disponível? Ou irão as baixas expectativas estar corretas? Só em agosto saberemos.

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