Filme da Semana: No Limite do Amanhã, de Doug Liman

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Tom Cruise é uma das grandes estrelas de acção em Hollywood. Um dos factores que mais contribui para isto é a sua vontade de fazer as próprias “stunts”, e mais uma vez em “A Múmia” o actor de 54 anos não desilude.

Para minha surpresa, percebi que um dos melhores filmes de Cruise é pouco conhecido pelo público em geral. Esta tendência tem mudado desde que a sequela foi anunciada, e fica aqui a contribuição do Cinema Pla’net em dar a conhecer o nosso Filme da Semana: No Limite do Amanhã.

Os humanos travam uma guerra contra os Mimics, uma espécie alienígena. Em 5 anos, apenas conseguiram vencer uma batalha, em que a grande responsável foi Rita Vrataski (Emily Blunt), uma agente das Forças especiais. Entretanto, o Major William Cage (Tom Cruise) é obrigado a ir para o campo de batalha onde vai lutar ao lado desta guerreira. Acabam por morrer ambos. No entanto Cage, volta a acordar na base na véspera da mesma batalha… muitas mais vezes.

É esta a premissa de “No Limite do Amanhã”. Talvez a tagline usada nos posters fosse mais apropriada, “Live, Die and Repeat”. Este foi precisamente um dos problemas deste belo filme: o marketing. Quase que parecia que a Warner Bros. Pictures não sabia bem como vendê-lo.

Tirando o marketing, “No Limite do Amanhã” foi impecável. Doug Liman, o realizador, soube perceber bem o tom da história e não se atrapalhou. É Sci-Fi original com acção bem-feita e sem exageros. Não tem momentos aborrecidos, diverte e ao mesmo tempo desafia-nos.

Como disse antes história é original, apesar da questão do loop temporal não ser propriamente algo super inovador. No entanto, a maneira como utilizam os aliens como “plot device” é de facto muito diferente do que estamos habituados. Além disto, faz uso das duas personagens principais sem forçar um romance, sendo a sua evolução natural e potenciada pelas circunstâncias.

Uma das minhas partes favoritas no filme são Emily Blunt e Tom Cruise. Blunt soube pegar na mulher dura, corajosa, o “Anjo de Verdun” e dar-lhe um lado mais vulnerável. Contrabalançou aquela acção frenética no meio das batalhas com essa faceta melhor que ninguém.

Depois temos Tom Cruise que, na minha opinião, é dos actores que mais se entrega quando faz um filme. Não é o melhor actor do mundo, mas é sem duvida daqueles que gosta verdadeiramente do que faz. Isso vê-se pela sua dedicação não só ao fazer muitas das “stunts”, mas principalmente porque percebemos que está de facto a tentar dar-nos a melhor experiência possível. Não está lá só para receber o cheque no fim, mas sim porque gosta verdadeiramente do projecto. Esse empenho passa para os espectadores e contagia-nos.

Como muita gente, fui daqueles que não vi “No Limite do Amanhã” quando chegou aos cinemas, mas quando vi fiquei surpreendido e ao mesmo tempo arrependido por o ter perdido num ecrã merecedor da sua qualidade.

Felizmente sabemos que a sequela já está em marcha e o nome já é conhecido: Live, Die Repeat and Repeat. Se vai ser tão bom como o primeiro não sei, mas é daqueles que merece uma oportunidade.

Se ainda não viram “No Limite do Amanhã” não percam tempo, tenho a certeza que vão gostar!

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