Filme da Semana: “O Homem Duplicado”, de Denis Villeneuve

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Jake Gyllenhaal, um dos melhores actores da actualidade, está de volta aos cinemas portugueses esta semana em “Vida Inteligente” (Life), de Daniel Espinosa.

O filme conta ainda com Rebecca Ferguson (Missão Impossível 5: Nação Secreta) e Ryan Reynolds (Deadpool). Mas foi precisamente o primeiro que inspirou a escolha desta semana.

Nos últimos anos Gyllenhaal tem feito excelentes escolhas, em particular nos seus papeis mais recentes. “O Segredo de Brokeback Mountain”, “Zodíaco” e “Nightcrawler” são alguns dos exemplos mais conhecidos. Pelo meio, já teve uns filmes mais fracos, mas em nenhum se pode culpar a sua performance. Por vezes, há filmes com falta de visão ou simplesmente com visão errada. Frequentemente a culpa é de quem os realiza.

Ora, quando temos um grande realizador a juntar-se a um grande actor a coisa promete. Foi precisamente isso que aconteceu quando Jake Gyllenhaal se juntou a Denis Villeneuve (O Primeiro Encontro – Arrival), tanto em “O Homem Duplicado” (Enemy), como em “Raptadas” (Prisoners). São dois thrillers geniais e que nos deixam a pensar no fim como é suposto fazer um bom filme. Entre estes dois, é muito difícil escolher um favorito. No entanto, como Filme da Semana, vou falar-vos de “O Homem Duplicado”.

Esta não é uma escolha unânime com certeza. Da filmografia de Villeneuve, este é aquele que mais dividiu a crítica e o público. É um filme complexo e com várias camadas. Adam, um Professor de História (Gyllenhaal) apercebe-se de que existe um homem de igual aparência e voz, Anthony, um actor (também interpretado por Gyllenhaal). Apesar das semelhanças físicas, vivem vidas quase opostas. Quase…

Não posso explorar mais o enredo deste belo filme, nem sequer falar do próprio tema. É difícil fazê-lo sem vos estragar uma primeira visualização. Posso dizer-vos que, à semelhança de todos os outros filmes de Villeneuve, este não toca em assuntos fáceis e muito menos nos dá respostas. É um filme de metáforas. Aos que ainda não viram “O Homem Duplicado”, é normal não o perceberem totalmente. Eu próprio já o vi várias vezes e encontro sempre algo novo. Ah, para aqueles que gostam de implicação nacional, fiquem a saber que a história é baseada num romance de José Saramago.

E aquele fim? Foi considerado por alguns como o fim mais assustador de sempre. Assusta sem dúvida, mas o melhor é que nos deixa incrédulos e a interrogar tudo o que se passou.

Se ficaram minimamente intrigados, fui bem-sucedido. Vejam e revejam este thriller. Façam a vossa interpretação e tentem descodificar a mensagem. Vale a pena!

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