9º Encontro do Cinema Português: Um dia no mundo dos filmes

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A NOS Audiovisuais voltou a juntar, pelo nono ano, vozes importantes do cinema em Portugal para apresentarem os seus novos filmes e para discutir sobre como levar mais espectadores a assistir a cinema nacional. 

Debate

Os 9º Encontros do Cinema Português reuniram produtores, realizadores, distribuidores, exibidores, críticos de cinema e outros agentes do mundo dos filmes, para um debate em que se discutiu o futuro do cinema português. Algumas das soluções faladas passam por mais apoios, mais publicidade e conteúdo mais chamativo, que apele ao público. Mas há um facto que deve ser tido em conta, os jovens estão a voltar ao cinema e as redes sociais tiveram um grande impacto nisso. Filmes como a Barbie, o Oppenheimer ou mesmo Anyone But You viralizaram nas redes sociais com milhares de vídeos de espectadores jovens a ir ao cinema vestidos das personagens ou a cantar as músicas dos filmes, o que os fez disparar na box office

Filmes apresentados

Fotografia: Instagram Curral de Moinas Oficial

Durante este encontro de cinéfilos, foram apresentados 47 filmes, entre o documentário e a ficção. As comédias são um estilo recorrente este ano e dizem as estatísticas que é um caminho a seguir. Os filmes portugueses mais vistos nos últimos dois anos foram o Curral de Moinas e o Mistério do Colar de São Cajó e também em França e Espanha, as comédias foram a categoria de filmes mais vista. Destaco então Hotel Amor, de Hermano Moreira e produzido por Justin Amorim, com vários atores de destaque portugueses, como Júlia Palha, Jéssica Athayde ou Raquel Tillo; Vive e Deixa Andar, de Miguel Cadilhe, com Eduardo Madeira como protagonista e inspirado num 007 mais cómico; e Podia Ter Esperado Por Agosto, escrito e realizado por César Mourão, onde o próprio contracena com Júlia Palha e Kevin Dias (que é já conhecido mundialmente pela série da Netflix Emily In Paris) num filme que não é descrito como sendo de riso fácil mas sim de sorriso fácil, pois esta é uma comédia romântica. Outras ficções que destaco desta mostra de cinema são O Último Verão, de João Nuno Pinto, com Margarida Marinho, Beatriz Batarda e Rita Cabaço como protagonistas, sobre uma família que organiza uma festa na sua herdade no Alentejo mas vê-se presa na casa devido a um forte incêndio numa onda de calor em que a água deixa de sair; A Travessia, de Fernando Vendrell, que segue a história verídica dos feitos de Gago Coutinho e Sacadura Cabral na aviação portuguesa, com destaque, mais uma vez, para Júlia Palha, que entra, assim, em três filmes apresentados nestes encontros; e o Grand Tour, de Miguel Gomes, que venceu à poucos dias o prémio de melhor realização no reconhecido Festival de Cannes.

Estes são alguns dos filmes que deve ter em atenção nos próximos tempos. 

Prémio Hollywood

Pela primeira vez nos Encontros do Cinema Português, o Canal Hollywood entregou um prémio ao candidato que o júri determinou ser o mais preparado para atingir um público de 100 mil pessoas em cinemas portugueses. Foi o Hotel Amor, de que já falei, quem venceu o prémio. Seguindo a tendência de debate, esta é uma comédia que segue uma gerente de hotel à beira de um ataque de nervos.

No ano passado 44 filmes foram apresentados. Neste ano são já mais 3 e esperamos que no próximo ano haja já melhores notícias quanto ao número de espectadores que assistem a filmes portugueses, dentro e fora dos cinemas. 

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