Howard Zieff sabia definitivamente o que estava a fazer em 1991 quando realizou este filme. “My Girl” é um daqueles filmes que nos surpreendem de princípio ao fim.
Este filme conta a história de Vada Sultenfuss (Anna Chlumsky), uma rapariga de 11 anos que é hipocondríaca. Ela vive num ambiente um pouco pesado para a sua idade, uma vez que o pai viúvo é agente funerário e a funerária é a própria casa. O pai parece não saber como conviver e falar com a filha, pelo que ela é ignorada muitas vezes. O convívio frequente com a temática da morte leva a que Vada cresça com a crença de que está frequentemente doente e que isso a levará à morte brevemente.
Vada não tem muito amigos, e é gozada muitas vezes por outras raparigas por causa do seu melhor amigo, Thomas J. Sennett (Macaulay Culkin) que é um rapaz bastante impopular. O verão dos dois começa bastante bem. A menina faz amizade com Shelley Devoto (Jamie Lee Curtis), a nova maquilhadora na funerária que a ajuda e orienta nas questões mais femininas.
Mas nem tudo o que é bom dura muito. O pai de Vada e Shelley começam a namorar, o que deixa a menina perdida assim como toda uma série de ocorrências traumáticas com que é deparada ao longo do enredo. Vada é deste modo convidada pela vida a aprender a conhecer-se a ela própria e a conhecer uma realidade com a qual não se deveria deparar tão cedo.
É um filme diferente na medida em que não se trata de uma história sobre a típica família americana com os mesmos problemas de sempre. Aborda temáticas como a morte e o amor, e faz-nos acompanhar o crescimento prematuro de uma criança que tudo o que queria era o pai ao seu lado. É um filme sobre morte que nos ensina sobre a vida.
Curiosidade: As duas crianças dão um beijo no filme, sendo este o primeiro beijo de Macaulay Culkin no ecrã.