Crítica: “Francisco – O Papa do Povo” de Daniele Luchetti

foi um constante defensor dos marginalizados da sociedade e lutou contra abusos de poder, tortura e contagiou um povo com gestos de esperança.
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Este filme retrata a viagem humana e espiritual que levou Jorge Bergoglio, filho de imigrantes italianos na Argentina, até ao cargo mais alto da Igreja Católica, o papado. 

 Nos seus anos de juventude, Jorge é um rapaz como tantos outros, que gosta de futebol, com uma namorada, com vários amigos e uma inspiradora Professora de Química, Esther Ballestrino. Tudo muda quando Bergoglio descobre a sua vocação e entra na rigorosa Ordem Jesuíta. Jorge Bergoglio é o Padre Jesuíta a quem o Papa quis deixar ser bispo e mais tarde tornou-se o primeiro Papa Jesuíta. Esta, poderia ser uma história impossível pois os Jesuítas não fazem carreira na Igreja Católica mas é uma bonita história de esperança, de humanidade, de amor que deve contagiar os conturbados tempos modernos.
 Durante o auge da ditadura militar e como Provincial dos Jesuítas na Argentina, o futuro Papa passa pelo período mais negro da sua vida, em que a sua fé e coragem são postas à prova. Onde descobre a Virgem Maria e o seu poder de desatar nós na vida dos crentes, onde questiona o conhecimento quando este não o ajuda a acalmar a dor e onde a felicidade colectiva se faz de felicidades individuais.  
Aquando Arcebispo de Buenos Aires foi um constante defensor dos marginalizados da sociedade e lutou contra abusos de poder, tortura e contagiou um povo com gestos de esperança.
Jorge Bergoglio vê a sua história chegar ao clímax numa noite inesquecível de 2013 em que, vestido de branco e com uma cruz de ferro, cumprimentou o mundo com um novo nome: Francisco. 
Alejandro Jorge é o afilhado a quem Jorge baptizou quando a igreja católica recusou o sacramento do baptismo. “Não existem mães solteiras, existem mães” é uma das suas mensagens que alimentam pequenos gestos de amor, elevam a fé, inspiram o ser humano a fazer o bem, a fazer melhor apenas por altruísmo.
Protagonizado por Rodrigo De la Serna (OS DIÁRIOS DE CHE GUEVARA) e realizado por Daniele Luchetti  (O MEU IRMÃO É FILHO ÚNICO), CALL ME FRANCESCO é um filme biográfico importante, comovente e inspirador. É autorizado pelo centro televisivo do Vaticano, será isto uma certificação de mudança? Será que estamos finalmente a viver a época em que os impossíveis não existem?

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