Crítica: Gone Girl de David Fincher

DF-01826cc - Nick Dunne (Ben Affleck) finds himself the chief suspect behind the shocking disappearance of his wife Amy (Rosamund Pike), on their fifth anniversary.
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Gone Girl é um thriller psicológico dirigido por David Fincher e estrelado por Ben Affleck e Rosamund Pike.

Baseado no romance original de Gillian Flynn, conta a história do misterioso desaparecimento de Amy (Rosamund Pike), e de tudo aquilo que se desenrola durante a sua procura. Para além de ter sido um sucesso de bilheteira (e o filme mais rentável de David Fincher), Gone Girl é um trabalho aclamado pela crítica e considerado um dos melhores filmes de 2014.

DF-01826cc - Nick Dunne (Ben Affleck) finds himself the chief suspect behind the shocking disappearance of his wife Amy (Rosamund Pike), on their fifth anniversary.

Para mim, Gone Girl tem coisas muito boas e coisas más. Começo por destacar os seus pontos positivos: A sua história envolvente e bastante misteriosa, que nos dá a descobrir coisas novas ao longo de todo o filme; A poderosa performance de Rosamund Pike, merecedora da nomeação e aos olhos de muitos, merecedora do Óscar desse ano; A crítica à media e à sociedade de hoje em dia; A crítica à maneira como as pessoas se movem e se comportam perante um desastre, como se deixam manipular por aquilo que os rodeia e como a sua opinião é tão frágil e efémera (e até nós próprios nos deixamos levar por esse tipo de pensamentos ao longo do filme); A visão detalhada e introspetiva de uma crise conjugal; E o facto do filme ser completamente “liderado” por fortíssimas performances femininas. De destacar também a boa prestação de Ben Affleck, num papel que lhe assentou muito bem, tendo em conta as polémicas que sempre rondaram a sua vida pessoal. E apesar de ter lido a obra de Gillian Flynn antes de ver o filme, não fiquei desapontado. Achei que David Fincher conseguiu manipular bem o livro, retirar-lhe pormenores que não eram assim tão importantes e dar-lhe um toque próprio.

GONE GIRL, from left: Ben Affleck, Rosamund Pike, 2014. ph: Merrick Morton/TM & copyright ©20th Century Fox Film Corp. All rights reserved/courtesy Everett Collection

Mas Gone Girl não me deixou completamente satisfeito, e ao revê-lo dei conta de algumas das suas falhas.

A maior delas é Neil Patrick Harris, um autêntico erro de casting. Não tenho nada contra o ator, mas Neil parece fora do contexto deste filme, dando até por vezes a impressão de que a sua personagem é uma paródia. Gone Girl também tem o problema de ser um filme muito morno até atingir o seu clímax. E o facto de ter mais de duas horas de duração não joga muito a seu favor.

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