“Godzilla II: Rei dos Monstros” – Ouçam o Rugido

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Godzilla volta a encher as telas do Mundo, nesta nova entrada no Universo Cinematográfico dos Monstros, demonstrando que a Legendary ainda não encontrou o caminho certo. 

O Universo Cinematográfico dos Monstros iniciou a sua jornada em 2014 com a estreia de “Godzilla”. Esta nova versão do monstro chegou a um consenso entre críticos e fãs – abordagem interessante, mas tem pouco do monstro que todos querem ver.

Ouvindo os seus fãs, quando chegou a vez de King Kong, com o seu “Kong: Ilha da Caveira”, todos puderam maravilhar-se com toda a magnitude deste ser em destaque logo desde o início do filme.

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Agora, em “Godzilla II: Rei dos Monstros”, a Legendary, produtora deste universo monstruoso, pretende compensar a audiência que se queixou em 2014 de não haver muito Godzilla para arregalar os olhos.

Esta nova película começa com o ribombar dos passos de Godzilla que faz tremer as cadeiras e um rugido demolidor que fará tremelicar os tímpanos do espectador. Logo de caras, sabemos quem será a estrela da noite – e ainda bem!

“Godzilla: Rei dos Monstros” inicia a sua história no rescaldo de desastre do filme de 2014. Anos já passaram e a humanidade enfrenta agora novas ameaças gigantescas, sendo estas Rodan, um monstro vindo de um vulcão, e Ghidorah, um monstro de 3 cabeças.

Godzilla II: Rei dos Monstros

De modo a poder prevenir o apocalipse, a Humanidade terá de chegar a um consenso relativamente ao que se deve fazer com Godzilla e unir esforços com este para derrotar esta nova ameaça.

Para todos aqueles que queriam mais Godzilla no filme anterior – este é o filme que tanto esperavam. Aqui, podemos ver os monstros combaterem entre si em sequências brilhantes, com efeitos visuais hiper-credíveis e uma fotografia vinda diretamente dos sonhos de qualquer fã da saga.

Entre explosões, rugidos, raios nucleares e cidades despedaçadas, tudo é colocado no grande ecrã para entreter e maravilhar o espectador. Tudo isto acompanhado por uma banda-sonora grandiosa pela mente de Bear McCreary, com arranjos corais e instrumentais palpitantes, que fará aumentar a adrenalina dos momentos.

Contudo, no meio de toda a espectacularidade da acção com estes monstros, o espectador também terá de lidar com toda a componente humana do filme que é, de longe, o aspecto mais fraco da história.

Godzilla II: Rei dos Monstros

Seja com as turbulências familiares entre Vera Farmiga, Kyle Chandler e Millie Bobby Brown ou todo o conflito entre quem quer proteger Godzilla e quem o quer matar, nada disto é de todo interessante, devido ao facto de as personagens serem pouco desenvolvidas e o argumento ser totalmente genérico que já foi visto e revisto demasiadas vezes pelo espectador. No que toca a esta parte, nada do espectro humano da história acrescenta qualquer valor substancial para o enredo neste “Godzilla II: Rei dos Monstros”.

Para além disso, de forma a conseguir desfrutar em todo o esplendor este “Godzilla II: Rei dos Monstros”, terá de deixar à porta do cinema todo o sentido lógico no que toca a realismo e aceitar todas as improbabilidades e impossibilidades físicas existentes em toda a duração do filme.

Godzilla II: Rei dos Monstros

No fim, “Godzilla II: Rei dos Monstros” está então muito longe de ser perfeito. As sequências de ação entre monstros são os momentos altos do filme, mas tudo o resto é completamente descartável e frustrante para muitos. Se apenas querem ver monstros a lutar, este poderá ser o filme ideal para uma noite de Verão. Se querem mais para além disso, então este filme não será a melhor opção.

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