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Jungle Cruise | Dwayne Johnson e Emily Blunt nos confins da selva

Miguel Revel
  • Agosto 4, 2021
  • 3 min read

Inspirado numa das atrações temáticas da DisneyLand, “Jungle Cruise” vive como um híbrido de “Piratas das Caraíbas” e “A Múmia”, na Amazónia.

“Jungle Cruise – A Maldição nos Confins da Selva” é o filme ideal para uma sessão na sala 4DX.

Num mundo onde quase todos os blockbusters têm origem em bandas-desenhadas de super-heróis, a Disney arriscou regressar à clássica aventura juvenil que apesar de toda a sua glória ao longo das décadas, nos últimos anos deu origem a desilusões nas bilheteiras como “Tomorrowland” e “The Lone Ranger”. Mas aqui o resultado promete ser positivo…

“Jungle Cruise” está no caminho certo com duas das maiores estrelas do planeta, Dwayne Johnson (ligado a tudo o que é filmes na selva – desde “Bem-Vindos à Selva” (2003) a “Jumanji – Bem-Vindos à Selva” (2017)) e Emily Blunt (que caminha por entre dramas de época, épicos de ficção científica e mundos de fantasia), a proporcionarem a dose de carisma necessária para suportar um filme aventureiro com uma linha narrativa extremamente semelhante a “Piratas das Caraíbas” e “A Múmia”, mas cujo cenário da selva da Amazónia garante uma sensação refrescante o suficiente para o público.

Passado durante a Primeira Guerra Mundial, “Jungle Cruise” segue uma bióloga botânica londrina, a Dr.ª Lily Houghton na sua busca por uma flor medicinal na selva da Amazónia e que terá de contar com a ajuda de um guia turístico do rio Amazonas, o Capitão Frank Wolff, quando é perseguida por membros da Royal Society, um aristocrata alemão numa expedição militar e um grupo de amaldiçoados conquistadores imortais do colonialismo espanhol.

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Estes ingredientes garantem uma boa dose de aventura, ação e fantasia para toda a família, especialmente para o público mais juvenil, que é o que se pretende neste tipo de blockbuster de verão. Que apesar de ser considerado original, por não advir de uma adaptação literária, pode ser considerado um híbrido de “Piratas das Caraíbas” (com um exército imortal e uma maldição tal e qual como Davy Jones e a sua tripulação) e “A Múmia” (uma exploradora londrina e o seu irmão com a ajuda de um americano, tal como Rachel Weisz, John Hannah e Brendan Fraser).

Destaque ainda para o realizador catalão Jaume Collet-Serra que depois de um início de carreira no cinema de terror com “A Casa de Cera” e “Órfã” e de um grande número de thrillers de ação com Liam Neeson como “Sem Identidade” e “Non-Stop”, caminha agora para o mundo dos blockbusters, com o seu próximo projeto a marcar um reencontro com Dwayne Johnson na pele do anti-herói da DC “Black Adam” (estreia a 28 de Julho de 2022).

“Jungle Cruise” é uma aventura enérgica e bem-humorada para uma boa ida ao cinema durante o verão.

Miguel Revel
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Miguel Revel

Apaixonado por cinema desde criança, dos clássicos modernos de Nolan e Fincher às obras intemporais de Hitchcock e Welles. Licenciado em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Colaborador do Cinema Pla'net desde Agosto de 2015.

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