Madam C.J. Walker: Uma Vida Empreendedora | Bons exemplos femininos

A minisérie "Madam C.J. Walker: Uma Vida Empreendora" já está disponível na Netflix, com Octavia Spencer a brilhar no papel principal
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A mini-série “Madam C.J. Walker: Uma Vida Empreendora” já está disponível na Netflix, com Octavia Spencer a brilhar no papel principal

Madam C.J. Walker ficou para a história como a primeira milionária negra por mérito próprio. A Netflix não deixou ficar de fora uma personagem tão importante na história e daí nasceu o projeto “Madam C.J. Walker: Uma Vida Empreendora”. A minisérie foi produzida por LeBron James e Kasi Lemmons (Harriet), entre outros. O argumento é de Nicole Asher, baseado no livro “On Her Own Ground“, de A’Lelia Bundles.

Se procuram algo novo e inspirador para ver esta semana, podem considerar “Madam C.J. Walker: Uma Vida Empreendora”. Se forem fãs de Octavia Spencer, então esta série é obrigatória. A minisérie tem quatro episódios entre 45 min a 1h e conta a história de Madam C.J. Walker, uma mulher que se tornou um sucesso na área da beleza.

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Inicialmente podemos ver toda a motivação que leva Madam C.J. Walker (antes, Sarah Breedlove) a mudar drasticamente de vida: um marido violento, contas para pagar, um trabalho desmotivante e uma aparência que lhe baixava a auto-estima. Sarah é ajudada por Addie Munroe (Carmen Ejogo) a cuidar do seu cabelo, em troca de roupa lavada. Addie tem um creme para o cabelo, especificamente para cabelos afro, que vai vendendo de porta a porta. Depois de meses de tratamente e de ver um resultado espantoso, Sarah quer ajudar Addie a vender a sua fórmula, no entanto Addie recusa… Por Sarah não ter a aparência certa.

À medida que vamos avançando na série, ficamos intrigados com alguns aspectos do negócio “Madam C.J. Walker”. Talvez por a série só ter quatro episódios, o negócio floresce demasiado depressa, ficando para trás uma pergunta importantissima – como é que uma mulher conseguiu arranjar recursos para uma linha de montagem com dezenas de pessoas numa sociedade racista e num ciclo vicioso?

A série também peca por não corresponder exactamente à vida de Walker, e aí culpo novamente os poucos episódios e a curta duração. Se talvez não houvesse tantos momentos de Sarah a pensar que estava num ringue com a sua rival ou Meninas Walker a passear de bicicleta, poderiamos ver um pouco mais do negócio “Madam C.J. Walker”. A mini-série não é muito clara sobre o o desenvolvimento dos produtos de cosmética, às fábricas de produção e aos salões e escolas de beleza e mesmo sobre o laboratório de pesquisa que Sarah instalou (que não é mencionado).

Quanto ao resto da série, Madam C.J. Walker é brilhantemente interpretada por Spencer. À medida que o negócio evolui, Sarah mostra-se mais determinada a fazê-lo crescer, mesmo que isso lhe custe o relacionamento com o marido. Blair Underwood interpreta C.J. Walker, o marido de Sarah. Incrivelmente resentido por viver na sombra da mulher bem-sucedida e um homem negro numa sociedade dominada por brancos, podemos adivinhar o que acontece a seguir…

A filha de Madam C.J. Walker, Lelia é interpretada por Tiffany Haddish, que acaba por ser uma parte importante para o negócio quando a mãe fica mais debilitada. Na vida real, Lelia já era uma parte importante dos negócios Madam C.J. Walker. No entanto, na série parece que é apenas mais uma empregada. O seu casamento falhado e relacionamento lésbico são levemente abordados na série, apesar de na altura terem sido um escândalo gigante.

Apesar de ser uma mini-série, houve um esforço enorme para encaixar tantos detalhes da vida e dos negócios de Walker. Obviamente que Spencer está no comando supremo de “Madam C.J. Walker: Uma Vida Empreendedora”, a vender cada segundo a história desta notável mulher, acabando por convencer o espetador. Esperamos ver mais de Octavia Spencer no papel principal em breve!

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