Baseado em factos reais, Mark Felt apresenta-nos o retrato do protagonista de uma das páginas mais polémicas da história norte-americana. O caso Watergate.
Em 1972, durante a segunda campanha eleitoral de Richard Nixon, documentos altamente sensíveis presentes no complexo Watergate são publicados pelo jornal Washington Post.
Esta fuga de informação colocava em perigo a estabilidade política e institucional nos Estados Unidos da América. Os jornalistas, desde o primeiro momento, não se coibiram de desenvolver os esforços necessários para comprovar a veracidade dos factos. Mesmo que para isso fosse necessário “atropelar” toda uma ética jornalista.
É neste sobressalto que Mark Felt, vice-presidente do FBI, interpretado pelo consagrado ator Liam Neeson é a principal fonte de informação que coloca em “xeque” o Presidente Nixon. Conhecido por “Deep Throat” (Garganta Funda), o próprio Mark Felt veio a público confessar, em 2005, que teria sido ele o homem por detrás do caso Watergate.
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A verdade é que “Mark Felt – O Homem que Derrubou a Casa Branca” falha na ação e no suspense. Desenrola-se num ritmo lento e tremendamente aborrecido. A história é mais do que conhecida. Poderíamos, à primeira vista, vislumbrar algum potencial para receber nomeações aos Óscares, mas não passa disso.
A presença de Liam Neeson é um dos pontos fortes deste filme. Interpreta a personagem com a frieza necessária e que não permite que sintamos compaixão por ele.
Realizado por Peter Landesman (“JFK”) e baseado no livro de John D. O’Conner e por Mark Felt – “A G-man’s life”, conta com participações de Diane Lane (“Homem de Aço”), Marton Csokas (“Noé”), Kate Walsh (“Anatomia de Grey”) e Michael C. Hall (“Dexter”).
“Mark Felt – o Homem que Derrubou a Casa Branca”, chega aos cinemas nacionais a 1 de março de 2018.