A segunda temporada de The Last of Us apresenta Abby, uma personagem polémica que promete agitar a narrativa. Descobre tudo sobre a sua origem, motivações e o impacto que terá na série da HBO.
Resumo:
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Abby é uma das personagens centrais de The Last of Us: Parte II e será introduzida na 2ª temporada da série da HBO.
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A sua história está profundamente ligada aos Vagalumes e ao passado de Joel.
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Movida por vingança, ela junta-se à WLF e torna-se uma guerreira implacável.
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A personagem será interpretada por Kaitlyn Dever na série.
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A adaptação televisiva promete explorar as suas motivações de forma diferente do videojogo.
Abby em The Last of Us Temporada 2: Tudo o que Precisa Saber sobre a Nova Personagem
A aguardada segunda temporada de The Last of Us já começou a ser exibida na HBO, trazendo um novo capítulo para a aclamada história baseada nos jogos da Naughty Dog. Com um salto temporal de alguns anos, a nova temporada apresenta uma nova protagonista que promete dividir opiniões: Abby.
Se está a acompanhar a série ou é fã dos videojogos, é essencial conhecer esta personagem em profundidade. Abby não é apenas uma nova cara, mas sim uma das figuras mais marcantes da narrativa, tanto no jogo como na série.
Quem é Abby?
Abby Anderson é apresentada no jogo The Last of Us: Parte II como uma das suas protagonistas. Contudo, a sua história está intimamente ligada aos acontecimentos do primeiro jogo, onde ainda não aparece diretamente.
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Filha do Dr. Jerry Anderson, um cirurgião dos Vagalumes, Abby cresce num mundo devastado pela pandemia do cordyceps. O seu pai foi o médico encarregado de realizar a operação que poderia levar à cura da humanidade — uma operação que acabaria por matar Ellie, a única imune conhecida. No entanto, Joel, ao descobrir essa realidade, decide salvar Ellie e assassina o médico.
Este momento define o destino de Abby. A perda do pai leva-a a enveredar por um caminho de dor e vingança. Determinada a encontrar Joel, ela junta-se à Fronte de Libertação de Washington (WLF) e passa anos a treinar, fortalecendo-se tanto física como mentalmente para o confronto inevitável.
A História de Abby nos Jogos
Em The Last of Us: Parte II, Abby é inicialmente vista como antagonista. No entanto, à medida que o jogo avança, os jogadores são forçados a ver a história através do seu olhar. Esta escolha narrativa ousada da Naughty Dog levou os jogadores a repensarem os conceitos de herói e vilão.
O jogo mostra que Abby, apesar das suas ações violentas, é uma personagem profundamente humana. A sua dor é palpável, a sua jornada é dura, e a sua luta vai muito além de simples vingança. Ela tenta reconstruir-se emocionalmente, cria laços com outras personagens e demonstra empatia em momentos inesperados.
Ao apresentar Abby como uma personagem jogável, o jogo obriga o público a compreender as suas motivações e dilemas. Tal como Joel, ela toma decisões moralmente ambíguas, colocando o amor e a lealdade acima de qualquer código ético tradicional.
A Adaptação da Personagem na Série da HBO
Na adaptação televisiva, Abby será interpretada por Kaitlyn Dever, uma escolha que causou debate entre os fãs do jogo. A personagem nos videojogos é conhecida pela sua estrutura corporal robusta, resultado de anos de treino militar e da sua obsessão por vingança. Já Dever apresenta uma imagem distinta, mas os criadores da série garantem que o mais importante é capturar a essência da personagem.
Neil Druckmann, cocriador da série e diretor do jogo original, explicou que a versão televisiva de Abby terá uma abordagem diferente. Como os espetadores não podem “jogar” com a personagem, será necessário expor mais diretamente as suas motivações. A intenção é permitir que o público compreenda quem é Abby logo desde o início, criando empatia de forma mais imediata.
Esta alteração não significa que a complexidade da personagem será sacrificada. Pelo contrário, o objetivo é explorar as suas emoções, dilemas e traumas de uma forma que respeite o material original, mas que funcione no novo formato narrativo.
A Dualidade de Abby: Vilã ou Vítima?
A introdução de Abby em The Last of Us vem acompanhada de grande polémica entre os fãs. Muitos veem-na como a antagonista da história de Ellie, especialmente devido aos seus atos logo no início de Parte II. No entanto, a narrativa desmonta esta visão simplista.
Abby não é a típica vilã. Ela é o produto de um mundo cruel, moldada por perdas e por uma busca incessante por justiça. A sua história obriga o público a confrontar as suas próprias expectativas e a questionar até que ponto os atos de vingança são compreensíveis — ou até justificáveis — num cenário tão distorcido como aquele em que vivem.
Este debate moral é um dos grandes méritos de The Last of Us, e é provável que a série continue a explorá-lo com profundidade.
A Construção Física e Psicológica da Personagem
No jogo, a transformação física de Abby simboliza o seu estado emocional. O seu corpo musculado representa a força bruta que ela usa para lidar com o trauma. Já na série, a escolha de uma atriz com uma constituição diferente aponta para uma abordagem mais emocional e psicológica da personagem.
Kaitlyn Dever tem um historial de interpretar personagens emocionalmente intensas, e a série pretende focar-se nesse lado de Abby. A dor da perda, a busca por propósito e os conflitos internos serão elementos centrais no seu desenvolvimento.
A ausência de um corpo semelhante ao da versão do jogo não deve ser vista como uma falha, mas como uma proposta de reinterpretação da personagem, adaptando-a às exigências de um novo meio.
Quando Abby Aparece na Série?
Ainda não foi oficialmente revelado em que episódio Abby será introduzida, mas tudo indica que isso acontecerá logo nos primeiros episódios da segunda temporada. A narrativa deverá seguir os acontecimentos de Parte II, alternando entre a perspetiva de Ellie e a de Abby, tal como no jogo.
É provável que a série estabeleça desde cedo a ligação entre Abby e os Vagalumes, bem como os eventos que motivaram a sua transformação. Esta introdução inicial poderá ser crucial para criar empatia e evitar a rejeição imediata por parte do público.
A Importância de Jogar The Last of Us: Parte II
Para quem acompanha a série mas nunca jogou os títulos originais, vale muito a pena experimentar The Last of Us: Parte II. O jogo é mais do que uma sequência; é uma experiência narrativa profunda e provocadora, que desafia o jogador emocionalmente.
Controlar Abby, depois de conhecer Ellie, é um dos momentos mais impactantes da história dos videojogos. Poucas obras conseguiram com tanta eficácia colocar o jogador em confronto com os seus próprios preconceitos.
A experiência do jogo pode enriquecer significativamente a perceção da série, permitindo compreender melhor as escolhas criativas da adaptação.
Conclusão: Abby Vai Marcar a Nova Fase de The Last of Us
A chegada de Abby à segunda temporada de The Last of Us marca uma viragem narrativa importante. Não se trata apenas de uma nova personagem, mas de um novo ponto de vista, uma nova moralidade e uma nova forma de ver o mundo pós-apocalíptico criado pela Naughty Dog.
Com uma interpretação promissora de Kaitlyn Dever e uma abordagem narrativa mais direta, Abby tem tudo para se tornar uma das personagens mais complexas e discutidas da série.
Seja qual for a sua posição — fã da personagem ou crítico da sua introdução —, uma coisa é certa: Abby não vai deixar ninguém indiferente.