Radioativo | Da Polónia até ao Nobel, a vida de Marie Curie

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Radioativo chega aos cinemas, com Rosamund Pike no papel da incrível Marie Curie.

Vencedora de dois prémios Nobel, mãe, professora e cientista, o filme conta a sua história cheia de altos e baixos.

Marie Curie tem uma carreira científica como ninguém. Para além de ter sido a primeira mulher a ganhar um prémio Nobel, foi a primeira (e até agora única) a ganhar o prémio Nobel duas vezes. Também foi a primeira mulher a tornar-se professora na Universidade de Paris.

Por tudo isto, o seu filme biográfico devia ser arrebatador e ao mesmo tempo cruel, devido a todas as adversidades que enfrentou. Infelizmente, o filme não fez jus ao seu legado, apesar dos esforços de Rosamund Pike.

Pike veste a pele de Curie com muita dignidade e compostura, como só ela seria capaz de fazer. Sam Riley é o seu marido Pierre, que dá uma prestação sólida. No entanto, é Anya Taylor-Joy como Irène Curie, que acaba por fazer uma melhor dupla com Pike.

Radioactivo começa lentamente, com flashbacks de Marie no hospital onde acabaria por morrer. O diálogo começa muito insípido e aborrecido, principalmente na primeira parte do filme.

A jovem imigrante polaca Marie conhece Pierre, que acaba por ser o seu colega de laboratório, e mais tarde marido e pai das suas filhas. Esta parte é passada o tempo todo com ambas as personagens numa sala a explicar as suas experiências um ao outro.

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Ao mostrar ao mundo que Marie e Pierre acabam de descobrir dois novos elementos, o rádio e o polónio, o filme salta para 1957 em Ohio. Vemos um médico a explicar a um pai como é que o processo de radiação vai salvar o seu filho com cancro. O filme salta outra vez para Pierre a aceitar o Nobel em 1903.

A cena seguinte é a queda da bomba atómica em Hiroshima em 1945. A ambição de contar a história do casal Curie e misturar com as consequências da radioactividade nestes saltos temporais não resultou assim tão bem, acabando por ser confuso e cansativo.

O filme entra no caminho certo na segunda parte quando Marie e Irène estão em plena Primeira Guerra Mundial. A sua máquina de raio-x móvel acabou por salvar imensos soldados, mostrando uma Marie solidária com as vitimas e a respeitar o trabalho da sua filha Irène. Esta segunda parte do filme mostra uma Marie forçada a continuar na ciência sozinha, contra tudo e todos e a encontrar espaço nesta área dominada por homens.

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Radioactivo tem o seu ponto forte na cinematografia. Anthony Dod Mantle, vencedor de um Óscar por Quem Quer Ser Milionário?, consegue tornar o filme apelativo, dando um toque vibrante às cenas mais aborrecidas. O filme tem a realização de Marjane Satrapi (Persépolis) e argumento de Jack Thorne (Wonder- Encantador).

“Radioativo” estreou a 3 de Setembro nos cinemas.

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