Black Mirror regressa à Netflix com Temporada 7

Imagem: Divulgação/Netflix

A sétima temporada de Black Mirror já está disponível na Netflix, trazendo novidades surpreendentes e uma estrutura narrativa ousada. Charlie Brooker, criador da série, admite evitar Ruptura da Apple TV+ para não se sentir superado criativamente.

Resumo:

  • Black Mirror estreia nova temporada na Netflix, com continuação de episódio clássico.
  • Criador Charlie Brooker confessa evitar assistir Ruptura por receio de comparações.
  • Série pode seguir caminho mais livre e revisitar episódios antigos no futuro.
  • A Netflix influencia a ordem dos episódios, garantindo ritmo narrativo envolvente.
  • As semelhanças entre Black Mirror e Ruptura despertam discussões entre fãs.

Temporada 7 de Black Mirror já está disponível na Netflix

A tão aguardada sétima temporada de Black Mirror chegou ao catálogo da Netflix, reacendendo o entusiasmo dos fãs da aclamada antologia de ficção científica. Conhecida por abordar futuros distópicos onde a tecnologia, em vez de melhorar nossas vidas, frequentemente as torna mais sombrias, a série continua a explorar temas profundos e provocativos.

Com episódios independentes, a produção mantém o seu estilo característico, mas, desta vez, apresenta uma novidade: uma continuação direta de um episódio icónico do passado, algo inédito na história da série.

Charlie Brooker admite evitar assistir Ruptura

Charlie Brooker, o criador de Black Mirror, revelou numa entrevista ao The Hollywood Reporter que tem deliberadamente evitado assistir à série Ruptura (Severance), da Apple TV+. O motivo? Uma mistura de admiração e receio. Segundo ele, muitos fãs têm traçado paralelos entre as duas produções e, frequentemente, dizem que Ruptura é “como Black Mirror, mas ainda melhor”.

Brooker confessa que tem receio de se sentir inferiorizado ou até mesmo “com inveja” ao ver o trabalho de outros criadores. “As pessoas continuam a dizer-me para assistir, mas mencionam logo que é como Black Mirror, só que melhor. Isso faz com que eu não consiga dar esse passo”, declarou o criador.

 As comparações inevitáveis entre Black Mirror e Ruptura

Embora Black Mirror e Ruptura compartilhem temáticas semelhantes, como o impacto da tecnologia e a exploração do comportamento humano em ambientes controlados, cada uma trata os seus enredos de maneira única.

Black Mirror aposta num formato de antologia, no qual cada episódio conta uma história distinta com início, meio e fim, permitindo uma análise ampla de diversas possibilidades tecnológicas e sociais. Já Ruptura desenvolve uma narrativa contínua e complexa ao longo de episódios interligados, centrando-se nos dilemas psicológicos de funcionários que vivem com suas memórias divididas entre vida pessoal e profissional.

Essas abordagens diferentes contribuem para que cada produção tenha a sua própria identidade, mesmo quando tratam de temas parecidos.

 USS Callister regressa: Uma continuação inesperada

Entre as surpresas da sétima temporada, está o retorno ao universo do episódio “USS Callister”. Pela primeira vez, Black Mirror decide expandir uma história passada, mergulhando mais a fundo nas aventuras da nave espacial e dos seus tripulantes digitais.

Ver também: O Jardineiro: Vai Ter Segunda Temporada na Netflix? Tudo o Que Sabemos

Segundo Brooker, esta decisão pode representar uma mudança na estrutura da série. “Fizemos uma sequência pela primeira vez. Agora estamos a olhar para episódios antigos e pensar: ‘como podemos revisitar estas ideias?’”, disse ele. O criador ainda reforçou que está aberto a continuar a série enquanto o público estiver interessado e houver espaço para inovação.

Imagem: Divulgação/Netflix

 Mudança de estrutura: uma nova abordagem para o futuro da série

O sucesso da nova abordagem pode abrir portas para um modelo mais flexível dentro de Black Mirror, sem abandonar completamente o formato antológico. Episódios futuros poderão revisitar personagens ou mundos já apresentados, oferecendo aos fãs uma ligação mais profunda com o universo da série.

Brooker deixa claro que qualquer mudança será feita com cuidado, sempre que houver uma razão narrativa válida e interesse do público. “Enquanto for interessante e houver permissão para o fazer, adoraria continuar com este projeto”, afirmou.

 A importância da ordem dos episódios: “Como sequenciar um álbum”

Outro ponto interessante revelado por Brooker é o papel da Netflix na organização dos episódios. Embora o criador tenha liberdade para escrever e produzir as histórias, a plataforma de streaming desempenha um papel fundamental na construção do ritmo da temporada.

Brooker explica que a Netflix oferece sugestões valiosas sobre a ordem dos episódios, criando uma experiência mais envolvente. Ele relembra, por exemplo, que pretendia abrir a terceira temporada com “San Junipero” ou “Versão de Testes”. No entanto, foi convencido a iniciar com “Queda Livre”, um episódio com maior apelo geral e que acabou por ser um sucesso.

“Há um elemento nisso que é como montar a sequência de um álbum musical. Precisamos de pausas tonais”, comparou o criador.

 “Ruptura”: Questões que aguardam respostas na nova temporada

Enquanto Black Mirror regressa com novos episódios, os fãs de Ruptura continuam à espera da terceira temporada, que promete responder a diversas questões pendentes. A série da Apple TV+ deixou o público intrigado com o final da última temporada, abrindo espaço para novas teorias e debates online.

Entre as perguntas mais levantadas pelos fãs estão:

Qual será o verdadeiro objetivo da Lumon Industries?

Os personagens conseguirão integrar suas memórias fragmentadas?

Que consequências surgirão após os eventos finais da segunda temporada?

A expectativa é alta, e a comparação entre as duas séries continuará a gerar conversas e análises entre os fãs de ficção científica psicológica.

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Conclusão:
A sétima temporada de Black Mirror marca não apenas o regresso da série ao catálogo da Netflix, mas também uma possível evolução na sua narrativa. A admissão sincera de Charlie Brooker sobre evitar assistir Ruptura apenas reforça o quão pessoal e competitivo pode ser o mundo da criação de conteúdo. Com novas histórias, reviravoltas inesperadas e espaço para revisitar o passado, Black Mirror continua a provar porque é uma das séries mais inovadoras da atualidade.

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