Castlevania – Com sangue fino…

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É uma afirmação algo arrojada (e nada fundamentada), mas será Castlevania a melhor adaptação de um videojogo? Vou rezar por estar certo… [NÃO CONTÉM SPOILERS DE CASTLEVANIA]

Castlevania teve uma primeira temporada com apenas quatro episódios, de 20 minutos cada. Inicialmente seria um filme mas foi dividido em episódios que aguçaram muito o apetite. A animação à “moda antiga” e cenas de acção muito bem feitas fazem lembrar The Last Airbender e matam saudades do bom Dragon Ball Z. Esta é então uma das minhas melhores apostas cegas de 2017 – o tradicional “procurar no catálogo e carregar no play a ver no que isto dá”.

Trevor é o último descendente Belmont (como quem diz Van Helsing), herdeiro de conhecimento e responsabilidades em proteger a humanidade dos vampiros e monstros afins. Sypha é uma Oradora (como quem diz feiticeira) que se alia na cruzada e Alucard é filho do todo-poderoso Drácula, determinado a impedir o apocalipse anunciado do pai.

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Castlevania

O que me cativou principalmente, para além da animação, foi o enredo e a prestação dos actores. Drácula só ainda não teve uma versão em comédia romântica em que é um babysitter, todas as outras hipóteses parecem ter sido já exploradas entre cinema e televisão. Ainda assim, há algo de novo aqui, pelo menos para mim que só conhece o jogo pelo nome e não pelo conteúdo. Não há apenas carnificina, há uma intenção de adicionar camadas aos vampiros com lore que interessa, há generais e movimentos de tropas, relacionamentos misturados com os esguichos de sangue. A nível de atores, era dificil fazer melhor: Richard Armitage, Graham McTavish, James Callis e Alejandra Reynoso são excelentes. Se a estes adicionarmos Theo James, Jaime Murray, Peter Stormare… bom, digamos que há um peso na voz das personagens. Não é só debitar texto.

Infelizmente sou obrigado a criticar o aumento, para o dobro, do número de episódios da T2. Como se sente nas séries Marvel, há um “enche-chouriços” que não se sentiu na T1. Um prolongar de cenas que não dá para entender (na biblioteca dos Belmont, por exemplo) e que retiram intensidade à temporada. Mas considerando que nunca chega a ser enfadonho, até porque a duração dos episódios não o permite, não chateia. O sétimo episódio, “For Love”, compensa todos os momentos mortos com uma fantástica luta que promete ficar na vossa memória.

Vejam Castlevania. Vejam algo diferente e aproveitem a Netflix ao máximo porque há aqui história para mais. A terceira temporada já está a ser trabalhada e poderá chegar em 2019.

PS: Se quiserem espreitar algo “do género”, recomendo também Thor & Loki: Blood Brothers.

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