A acção e o suspense da nova aventura de 007, começa nas ruas do México no dia da celebração de-los-muertos, onde James Bond (Daniel Craig) tem a árdua tarefa de eliminar Marco Sciarra (Alessandro Cremona). Este acto opcional vale-lhe a suspensão de 007.
Para Bond, este é o capítulo onde os mortos estão bem vivos e onde o seu passado lhe é imposto. Existem vários personagens que são recuperados das anterior sagas; renascem vilões e também a falecida M deixa a pista que 007 e a sua equipa, desmantelem a ameaça da rede Spectre, uma organização criminosa, que tem tentáculos em várias frentes mundiais, nomeadamente nas forças secretas britânicas.
Depois de Skyfall, James é agora um homem fragilizado e atormentado, com a perda de M, a sua referência maternal. Nesta narrativa com vários twists, somos presenteados com o revivalismo e reinvenção das linhas gerais de alguns personagens e chegamos a compreender parte da infância de 007. Encontramos personagens bem ao estilo de Ian Fleming e a contribuição John Logan, Robert Wade e Neal Purvis permite ao espectador não perder o interesse ao história ao longo de 148 minutos e ainda gargalhar.
Sam Mendes dirige muito eficazmente uma dupla equipa de Bond Girls, Monica Bellucci e Léa Seydoux, com a elegância, glamour e sedução a que estas sagas habituaram. Os efeitos especiais são muito bons e quase todos reais o que aliado a uma banda sonora, composta por Thomas Newman, permitem a sensação de acção constante ao espectador. Este é um filme para todos, está renovado e isso pode permitir-lhe alcançar novos públicos, como eu, e continuar a fascinar os já anteriormente conquistados.
Destaco o genérico do filme, pela beleza, pela sonoridade de Sam Smith, pela fotografia; muito apropriado.
O mais famoso espião do mundo vive neste capitulo tempus fugit, fugir do horror mentecapto para encontrar a beleza e para o bem da democracia mundial.