Para limpar o seu nome, Jack Reacher tem de descobrir a verdade por detrás de uma conspiração governamental, ao mesmo tempo que um segredo do seu passado poderá mudar-lhe a vida para sempre.
Por vezes é necessário voltar atrás. Olhar para trás. Ver o que foi mal feito e rectificá-lo. Ver o que foi bem feito e melhorá-lo. Claramente não foi com este tipo de mentalidade que “Jack Reacher: Nunca Voltes Atrás” foi feito. Se o subtítulo já dava pistas disso, então o filme não deixa margem para dúvidas.
“Jack Reacher: NVA” não é mais do mesmo. Isso seria bom. Esqueçam o tom agressivo ao estilo de film noir do primeiro filme. Esqueçam a caracterização de anti-herói que a personagem continha e que a tornava interessante. E sim, caros leitores, esqueçam aquela fantástica perseguição de carros do filme original, assim como as coreografias hiper realistas de combate corpo a corpo. Nada disso acontece aqui.
Todo o filme é aborrecido e insosso. A história é fraca e já foi vista inúmeras vezes noutros filmes. A realização é tão convencional e segura que cheguei a pensar estar a ver um daqueles filmes que saem directamente para o clube de vídeo. Estranho, se considerarmos que o realizador é Edward Zwick e que já tinha trabalhado com Tom Cruise no “O Último Samurai”, filme que considero bastante bom. É óbvio que desta vez houve falta de comunicação entre realizador e actor.
O enredo não é complexo mas complica-se a si mesmo. Quer ser mais do que é e acaba por perder-se a si e ao público. As personagens são tão genéricas que mais valia terem estampado na testa as palavras “vilão” ou “não gosto de ti mas no final estou do teu lado”.
Apesar de estarem seguros nas suas personagens, Tom Cruise e Colbie Smulders não têm química. Dos dois, Cruise parece, por vezes, não querer estar ali a fazer o filme.
Em suma, estamos perante um filme cuja história, explosões e momentos dramáticos são tão banais que facilmente cairá no esquecimento.