Ocean Coast Film Festival: à conversa com Fábio Santos

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Este evento terá a sua primeira edição durante o mês de setembro em Lavra, Matosinhos. O Ocean Coast Film Festival, assume como missão “exibir projetos únicos e inspiradores, trazendo cinema de todo o mundo até à localidade de Lavra”. O Cinema Pla’net conversou um pouco com Fábio Santos, diretor desta iniciativa.

O Ocean Coast Film Festival irá dar assim oportunidade a vários cineastas um pouco de todo o mundo de mostrarem os seus projetos. Nesta primeira edição destacam-se o documentário “The Big Wave Project” e ainda o filme “Sandcastles”.

Vê também: World Cinema Film Festival: o rescaldo da primeira edição

Ocean Coast Film Festival

Há ainda diversas sessões dedicadas a vários géneros. Nomeadamente, curtas de comédia e curtas de realizadores portugueses, bem como galardões a atribuir em diversos géneros. O Cinema Pla’net conversou um pouco com Fábio Santos que nos explicou um pouco mais sobre este evento. O Ocean Coast Film Festival irá realizar-se de 7 a 9 de setembro do presente ano.

Sabe mais sobre o Ocean Coast Film Festival através do seu website oficial ou da sua página de facebook.

Como surgiu a ideia para o Ocean Coast Film Festival? Já agora de onde vem a escolha do nome?

A ideia para fazer o Ocean Coast Film Festival surgiu da minha presença no River Bend Film Festival em Goshen, nos Estados Unidos. Faço parte desse festival há já quatro anos e desde o meu primeiro ano lá que ficou aquela ideia de trazer um formato semelhante para a minha região.

O nome surgiu um bocado pela parceria que temos com esse festival. Estando nós em Matosinhos, com o Oceano Atlântico mesmo ao lado, fazia sentido fazer uma wordplay relacionada com isso.

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Que género de produções serão exibidas ao longo deste evento? Fale-me um pouco sobre aquilo que o programa terá ao longo dos três dias.

Vamos ter maioritariamente curtas metragens de vários países do mundo. Também temos algumas longas que serão as 2 principais sessões desta primeira edição do festival.

Sexta-feira temos o documentário “The Big Wave Project” que é sobre um grupo de amigos que vai à procura das maiores ondas do mundo e acabam por passar pela Nazaré e entrevistam o McNamara na altura em que ele bateu o record da maior onda surfada até aquele momento.

No sábado temos o filme “Sand Castles” que conta a história de Noah e a sua família que tem que lidar com a difícil integração da sua irmã Lauren que regressou de forma misteriosa após ter sido raptada e feita refém durante uma década. O papel de Noah é interpretado pelo ator/produtor Jordon Hodges e o papel de Lauren é interpretado pela atriz Anne Winters, conhecida pelo papel que tem na série da Netflix “13 Reasons Why”.

Quais os obstáculos mais significativos na organização deste evento, tendo em conta que se trata da sua primeira edição?

Um pouco de tudo. Tentar criar algo do zero é sempre complicado. Dei os primeiros passos para iniciar este projeto no fim de 2016 e parece que o tempo voou.

Existe uma expressão engraçada que se usa nos Estados Unidos sobre fazer um filme e sobre a quantidade de pessoas necessárias para tal. “It takes a village to make a movie (É preciso uma vila inteira para se fazer um filme)”. Essa frase não deixa de ser verdade no caso de um festival de cinema também.

Desde o processo de inscrição/seleção de projetos, até à legendagem para Português dos projetos selecionados e tudo o resto que logisticamente é necessário para assegurar a acessibilidade do evento é preciso pequenas ajudas de várias pessoas que oferecem o seu tempo e recursos para tentar trazer este projeto do papel para a prática.

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Sente que as pessoas ficaram curiosas com o conceito do evento? Acha que conseguiu atrair a atenção tanto de cineastas como de público?

Sim. Quando estamos na rua e falamos com pessoas sobre este evento o feedback é maioritariamente positivo. Gostam de se estar a tentar trazer algo de novo à região.

Os filmes em causa são de cineastas profissionais ou de amadores/iniciantes? Há mais portugueses ou estrangeiros?

Temos projetos oriundos de várias partes do mundo e que foram feitos tanto por profissionais como por iniciantes. Com as novas tecnologias e acessibilidade a equipamentos mais baratos e práticos é possível fazer-se muito com poucos recursos. E isso é muito bom para a 7ª arte tanto a nível criativo como a nível da indústria. Los Angeles é a capital do cinema mas deixa de ser o único local onde ele pode ser feito e valorizado.

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Acredita que o festival vai ter sucesso? Quais as suas maiores expectativas?

Sim, acredito que vamos ter um bom arranque. Este primeiro ano serve como o pilar para o que vem depois. É a oportunidade para dizer que estamos aqui e que é para ficar. Temos de conseguir mobilizar pessoas para estarem presentes nas sessões. Mas acima de tudo sensibilizá-las e encantá-las com os projetos que temos no evento. É isso que faz com que eventos como este valham a pena.

Estamos aqui para contar histórias, criando empatia através dessas mesmas histórias e situações que se passam um pouco por todo o mundo. Explorar diferentes culturas e opiniões. É esse o nosso conceito de sucesso.

E já agora acha que o cinema é uma arte que está a começar a ser mais valorizada em Portugal, ou ainda sente que a tendência é dar mais atenção a produções vindas de fora?

Penso que sim. Cada vez mais vemos projetos feitos em Portugal a serem mais valorizados tanto pelas pessoas da área como pelo público em geral. Como tinha falado antes, com o avanço da tecnologia é possível fazer muito mais com menos recursos e isso traduz-se na qualidade dos projetos comparativamente há 10 ou 20 anos, por exemplo.

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