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Melhores Filmes Clássicos que são Mind-Blowing

Redacção
  • Dezembro 4, 2022
  • 7 min read
Melhores Filmes Clássicos que são Mind-Blowing

Há filmes que te dão inegavelmente a volta à cabeça de uma maneira surreal. Esta lista dos Melhores Filmes Clássicos que te vão dar aquela sensação que ficas quando chegas ao final do filme, passa muitas vezes por um “Espera… O quê?”, ou então um “Vou ter de ver isto outra vez!”.

Uma lista dos Melhores Filmes Clássicos Mind-Blowing para não perderes

Este tópico mostra-nos os seguintes filmes:

Achei por bem deixar-vos uma lista dos filmes mais mind-blowing para mim, se forem também amantes de filmes que não sejam apenas para entreter mas também que nos desafiem e nos façam refletir e pensar mais além. Nesta lista poderiam constar muitos mais filmes, como por exemplo “O Jogo” de David Fincher, “Corre Lola, Corre” de Tom Tykwer ou os clássicos de David Lynch, “Mulholland Drive” e “Estrada Perdida”. No entanto, ficam estes que na perspetiva correspondem também eles a grandes clássicos do cinema.

The Shining (1980)

Jack Torrance (Jack Nicholson) é um homem aparentemente normal, que escreve como profissão e é um alcoólico em recuperação. É proposto a Jack que tome conta de um hotel que tem um passado violento, uma vez que fora da época alta, o hotel fica soterrado pela neve. Consta-se que quem frequenta o hotel, irá eventualmente sofrer de influências sobrenaturais, pois as pessoas adotam comportamentos invulgares e inexplicáveis. Ainda assim, Jack aceita a proposta e leva consigo o seu filho e a sua mulher. À medida que o filme avança, Jack vai ficando mais violento, tentando inclusive pôr fim à vida da sua mulher e filho.

Como o ator Danny Lloyd (o filho de Jack) era muito novo, o realizador Stanley Kubrick era muito protetor em relação à criança. Danny estava convencido, durante as gravações do filme, que ele estava a participar num drama e não num filme de terror. Aliás, há partes no filme que, em vez do rapaz, está um boneco, de forma que Danny não tivesse de estar presente na cena. Ele só soube quando, quase 10 anos mais tarde, lhe mostraram uma versão fortemente editada do filme. Este é sem dúvida um grande filme clássico.

The Usual Suspects (1995)

“Os Suspeitos do Costume” tem o seu início numa explosão de um barco que se encontrava numa doca, na Califórnia. Após a chegada da polícia, constatou-se que havia 27 corpos sem vida no local, sendo as únicas testemunhas um criminoso húngaro – Arkos Kovaz – e um conhecido jovem ladrão com uma deficiência física – Roger “Verbal” Kint (Kevin Spacey).

Após este acontecimento, desenrolam-se uma série de episódios, como é o exemplo do sequestro de um camião em Nova York, o que faz com que 5 homens sejam chamados a prestar declarações por serem os “suspeitos do costume”. Os detetives, depois de ouvirem os depoimentos dos homens, concluem que Keyser Söze, um húngaro de que não se conhece a verdadeira identidade, está envolvido nos acontecimentos que tem decorrido. Mas a dúvida permanece. Quem é este húngaro misterioso?

É engraçado ver como os atores são tão adaptáveis em função dos papéis que têm de interpretar. Por exemplo, no filme, o ator Benicio Del Toro tem um dialecto tão estranho e incompreensível que, durante uma cena, Stephen Baldwin esqueceu-se da sua fala precisamente por não perceber nada do que o seu colega disse. Já Kevin Spacey viu os dedos da sua mão esquerda serem colados de forma a dar um aspeto mais realista à deficiência que supostamente tinha.

The Life of David Gale (2003)

Falar sobre este filme é já falar demasiado, mas se há algo a saber é que o mágico aqui é mesmo o seu desfecho imprevisível. Como o próprio título anuncia, “A Vida de David Gale” vai contar-nos a história de David (Kevin Spacey), um professor que trabalha na Universidade do Texas e ativista contra a pena de morte.

Em determinado momento da sua vida, David Gale é acusado do assassinato e violação de uma amiga sua, Constance (Laura Linney), que era também ela uma ativista contra a pena de morte. Ironicamente Gale é condenado à pena contra a qual se debate. Apenas a três dias da sua sentença, este chama Elizabeth Bloom (Kate Winslet), uma jornalista a quem decide contar toda a verdade por trás da história. Será ele inocente ou culpado?

Se a vontade inicial do realizador se tivesse concretizado, em vez de Kevin Spacey e Kate Winslet, veríamos hoje um elenco diferente contando com George Clooney e Nicole Kidman nos seus lugares. No entanto, depois da visualização do filme, a única coisa a comentar relativamente a esta situação é “Não faria sentido serem outras pessoas”.

Memento (2000)

Este filme não é seguramente dos filmes de mais fácil visualização. O único conselho que posso dar é que de forma a conseguires acompanhá-lo, não podes tirar os olhos do ecrã. “Memento” permite-nos entrar na cabeça de Leonard (Guy Pearce), um homem com uma condição que infelizmente o incapacita de se lembrar dos acontecimentos do dia-a-dia. No entanto, Leonard está determinado a vingar a morte da sua mulher, e de forma a combater a barreira da memória a curto prazo, ele tatua em si mesmo várias notas que o ajudam a avançar na sua investigação.

O filme está cronologicamente invertido, ou seja, começa pelo fim e vai-nos elucidando à medida que o tempo passa dos acontecimentos antecedentes. Esta é a forma escolhida por Christopher Nolan de nos deixar tão confusos como Leonard é. Será que ele consegue efetivamente descobrir quem matou a sua mulher e vingar a sua morte, ou há algo mais que está a escapar?

Um dos atores que contracena com Guy Pearce é Joe Pantoliano, que interpreta o papel de Teddy. “You don’t have a clue, you freak” é uma frase que a personagem teria de dizer, mas Christopher Nolan sentiu que a forma como Pantoliano a disse não correspondia bem àquilo que ele pretendia. Tendo isto em conta, Nolan decidiu gravar as últimas duas palavras à sua maneira, gravando-as ele próprio. O ator não tinha conhecimento deste facto até ter realizado uma entrevista sobre o filme, que já agora demorou 25 dias a ser gravado.

Fight Club (1999)

Há filmes que marcam a história. Há filmes que influenciam a nossa vida. Este clássico realizado por David Fincher tem um lugar mais do que merecido nesta lista.

É difícil comentar um filme que por si só já diz tanto. Por vezes as palavras mal conseguem conter o significado presente num filme como este. Num filme em que a banda sonora se mistura de forma um tanto divina com o seu contexto. A normalidade é misturada com a insanidade. A certeza com a dúvida. Uma verdade é elevada neste ambiente. Durante toda a nossa vida caminhamos numa linha bastante fina que divide o sano do insano.

Todos os dias olhamos para inúmeras pessoas. Pessoas que já conhecemos há imenso tempo, pessoas que acabamos de conhecer ou que nem sequer conhecemos. E se olharmos para uma que não existe? E se estivermos a olhar para o reflexo da nossa insanidade?

Quem já viu o filme sabe que há regras a cumprir e tendo isso em consideração, não vou adiantar-me muito mais. Portanto, o que vou dizer agora não é uma recomendação, nem um pedido, mas uma obrigação – VEJAM e deixem-se seduzir pelo poder de um dos melhores filmes de sempre.

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