A opinião do Jonathan: “Mr. Holmes”

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Após se ter reformado, Sherlock Holmes (Sir Ian McKellen), 93 anos no filme, vê-se a batalhar contra uma memória diminuta que lhe impede de recordar os detalhes do caso que levou a isolar-se do Mundo. O realizador Bill Condon (“Gods and Monsters”, “Chicago”, “Twilight” series) traz-nos um Sherlock Holmes como nunca havíamos visto, longe do detective lendário dos livros de Sir Arthur Conan Doyle.
E se Sherlock Holmes fosse uma pessoa real? É esta a perspetiva que o filme nos tenta dar, alguém afetado pela idade avançada que tem as mesmas dúvidas existenciais que muitos de nós temos, incluindo um sentimento de solidão inconsolável. Neste filme, encontramos Sherlock reformado num local isolado do Reino Unido, acompanhado apenas pela sua governanta, Mrs. Munro (Laura Linney) e o respetivo filho Roger (Milo Parker) com quem Sherlock cria uma relação quase paternal, e com quem Sherlock passa os dias a cuidar seu hobby, criação de abelhas, e a tentar recordar o caso que levou à sua reforma. Todos os outros personagens que nos recordamos das histórias de Sherlock, já faleceram.

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A história centra-se por isso em flashbacks do passado de Sherlock e na realidade presente em que este se sente só no Mundo, agarrando-se à presença da governanta e do seu filho e tentando redimir-se de alguns erros que cometeu no passado. A representação de Ian McKellen é fenomenal em diversos pontos, é incrível a energia e emoção que um actor que presentemente tem 76 anos de idade (nascido em 1939) nos consegue transmitir, a sua representação e o filme conseguem transmitir a mensagem que até os grandes podem cair, que todos nós acabamos por batalhar num determinado momento das nossas vidas dilemas filosóficos e existenciais semelhantes, a solidão e o medo de ser esquecido.

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