A série da Netflix que se tornou um sucesso na Ásia e que posteriormente garantiu a sua entrada no top 10 em países como: Alemanha, Portugal, França, Áustria, Grécia, entre outros lugares.
Alice in Borderland é uma mini-série japonesa, de ficção cientifica e suspense, que conta com 8 episódios alucinantes sobre três amigos (Chota, Arisu e Karube) que se encontram bastante insatisfeitos com as suas vidas, cada um à sua maneira. No entanto, num único segundo tudo muda. Ao fugirem da polícia por causarem o caos, deparam-se com uma Tóquio paralela onde a sua sobrevivência está constantemente a ser testada através de mini-jogos. A série é inspirada no mangá do mesmo nome.
Estes jogos perigosos são o fator essencial que agarra o espectador desde o primeiro momento. Isto acontece pelo facto de a cada episódio existirem desafios mais bizarros e arriscados do que os anteriores e que levam cada personagem ao extremo, emocionalmente e fisicamente, sem haver qualquer certeza da continuação dos protagonistas na série. Contando ainda com diversas cenas bastante violentas e pesadas, o que poderá ferir susceptibilidades de alguns dos espectadores.
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Neste jogo de vida ou de morte, Arisu começa a questionar-se sobre o valor da vida humana e o sentimento agridoce que adquire em cada desafio, pois ao salvar-se, existe a possibilidade de perder algum membro do grupo e sendo confrontado com a morte diariamente. Para Arisu, torna-se difícil ser egocêntrico mesmo que para estes enigmas, isso seja algo quase fundamental, muitas das vezes.
Entretanto, Arisu junta-se a Usagi (Tao Tsuchiya) e ambos formam uma aliança, mostrando-se em constante proteção um do outro. Ambos tentam chegar à “Praia”, um local utópico, onde todos vivem a vida ao máximo e com o objetivo de conquistar todas as cartas necessárias para que possam voltar à vida normal e reaver os seus entes-queridos.
Após a chegada à “Praia” é possível observar que a série acaba por tomar novas direções. O foco principal deixa de ser especificamente os jogos e desafios em si, que nos deixam sem fôlego inicialmente, passando assim a uma visão mais concentrada na vontade de Arisu de descobrir os mistérios deste local.
Na parte final, somos confrontados com diversos flashbacks pertencentes à vida passada de cada uma das personagens, de forma a que seja possível ter algum background que justifique algumas das suas ações. Contudo, penso que esta parte foi um pouco rushed o que acabou por tornar essa informação irrelevante e talvez, até mesmo insignificante, anulando assim o seu propósito, que seria convencer e contextualizar o espectador das motivações de cada personagem. Assim sendo, penso que se fosse construída aos poucos, aquando do aparecimento das personagens, poderia ter alcançado o seu objetivo.
Adicionalmente, são perceptíveis algumas falhas a nível do CGI, o que consequentemente, produz elementos demasiado artificiais que demonstram um pouco da falta de técnica. Ainda assim, não é algo que não possa ser melhorado numa eventual segunda temporada.
De destacar a atuação excelente de todo o elenco, mas em principal, de Arisu (Kento Yamazaki) que tornou realidade a personagem do mangá. Todavia, de relembrar, que nenhuma das personagens se encontra totalmente segura durante toda a série, por isso aconselho a que não se apeguem demasiado a qualquer uma delas! (Falo por experiência própria)
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Alice in Borderland vem reforçar mais a questão de que quando a humanidade se vê pressionada a sobreviver, até que ponto será capaz de ir?
É assim, a série perfeita para escapar à realidade. Captando a atenção desde o primeiro episódio e possuindo momentos extremamente impactantes e até alguns plot-twists que nos surpreendem e que alteram alguns personagens permanentemente.
A Netflix confirmou ainda que haverá uma segunda temporada, todavia ainda sem data de estreia. Esperemos que nesta segunda temporada, seja possível conhecer mais profundamente cada personagem e que se mantenha a qualidade desta primeira temporada!