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Uma Análise aos Clássicos: “Beleza Americana”, de Sam Mendes

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O filme “Beleza Americana” é a base da brilhante crítica de Sam Mendes à classe média americana, que arrecadou o Óscar de Melhor Filme em 2000.

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Acordas todos os dias (para tua grande pena) e o ponto alto do teu dia acontece quando estás no chuveiro. Os teus filhos acham-te um falhado e a pessoa por quem te apaixonaste já não te reconhece, nem tu a ela. Matas-te a trabalhar, ano após ano, na mesma empresa onde desperdiçaste a tua juventude sem te darem qualquer tipo de mérito.

Quando vivemos numa sociedade materialista, cheia de estereótipos, quando a nossa única preocupação se torna pagar as prestações do carro, as contas da luz, água, gás, serviços de telecomunicações, cria-se o risco de já não estarmos sequer a viver, mas apenas a sobreviver.

A primeira música da genial banda sonora do filme, composta por Thomas Newman, tem como título “Dead Already” (que traduzido para português significa “já morto”), estabelece uma ponte de ligação com a personagem principal, Lester Burnham, interpretado por Kevin Spacey. Este representa qualquer um de nós que eventualmente se perdeu ao longo da vida, que vive em modo automático, apático, agarrado a memórias do passado.

Ver também: Uma Análise aos Clássicos: Voando Sobre um Ninho de Cucos de Milos Forman

Sam Mendes cria várias interações entre Lester e as restantes personagens, atribuindo a cada uma certas características, e compondo não só uma crítica à sociedade em geral, mas também um instrumento que visa suscitar e levantar questões fundamentais em cada indivíduo, abordando temas como a subjetividade da beleza, alienação quotidiana, autoridade e morte.

São várias as interpretações e mensagens que podem ser retiradas deste filme, sendo um daqueles casos que vemos vezes e vezes sem conta, experienciando sempre algo diferente. No entanto, uma mensagem permanece sempre igual. Nunca é tarde demais para mudar, nunca é tarde demais para começarmos a viver.

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