Nesta temporada, Casual oferece-nos o que já estamos habituados: personagens um pouco perdidas que tentam fazer o melhor que podem, recorrendo ao humor e ironia para lidarem com as caricatas situações que surgem à sua frente.
No final da segunda temporada de Casual, o pai de Valerie (Michaela Watkins) e Alex (Tommy Dewey), Charles (Fred Melamed), pede-lhes que o ajudem a morrer, e eles assim o fazem. Esta temporada lida maioritariamente com as consequências disso e com as revelações que daí surgem.
O balanço entre comédia e drama continua perfeito. Entre gargalhadas, Casual permite-nos pensar sobre o mundo e reflectir sobre nós próprios e aqueles que nos rodeiam. Devemos isso não só aos escritores, mas também às performances incríveis de Watkins e Dewey. Estes actores mereciam uma nomeação nos Emmys ou Globos de Ouro pelo seu trabalho nesta série.
O que torna Casual tão diferente e melhor do as outras séries de “dramedy” é que conhece suas personagens muito bem. Identificamo-nos com Alex, Valerie e Laura precisamente por causa dos seus defeitos e idiossincrasias, e não apesar delas. São personagens que têm opiniões sobre tudo e que tomam decisões duvidosas, que tanto podem ser benéficas como catastróficas. É fácil sentir que as situações são reais e credíveis.
A primeira metade da temporada é mais forte do que a segunda, isto porque a série parece tornar-se repetitiva. Sempre a lidar com a insatisfação das personagens principais e a sua procura pela felicidade. Espero que a importância dada a algumas personagens secundárias, como Leon (Nyasha Hatendi) e Leia (Julie Berman), aumente na próxima temporada. Deveriam ser exploradas da mesma forma que os dois irmãos, visto serem personagens tão ou mais peculiares que eles.
O balanço para esta temporada é positivo mas a Hulu ainda não revelou se a série continuará no próximo ano. O último episódio deixa muitos assuntos em aberto, e eu mal posso esperar para saber como as personagens vão lidar com tudo o que aconteceu.