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Crítica: “Guardiões da Galáxia Vol. 2” de James Gunn

Redacção
  • Abril 29, 2017
  • 3 min read

Acompanhado pela música de fundo da “Awesome Mixtape #2”, “Guardiões da Galáxia Vol. 2” continua com as aventuras da equipa mais improvável do Universo enquanto descobrem o mistério por detrás da origem de Peter Quill.

Sou da opinião de que arriscar compensa sempre. Talvez nem sempre ao nível que desejamos, mas, pelo menos, ficamos a saber um pouco mais do que somos capazes. Em 2014, a Marvel Studios arriscou numa banda-desenhada pouco conhecida do grande público – os “Guardiões da Galáxia”. O risco compensou. O sucesso foi mundial e unânime. Esta semana temos a segunda parte, e com a recente confirmação de James Gunn para argumentista e realizador do terceiro filme, podemos desde já afirmar que estamos perante uma futura trilogia e das mais rentáveis e criativas da Casa Marvel.

“GotGvol2” não só é superior ao seu predecessor, como eleva, novamente, a fasquia do MCU (Marvel Cinematic Universe). Não é fácil manter o equilíbrio correcto entre acção e comédia num filme. Mas James Gunn consegue-o com extrema mestria e desenvolve a história de vida de cada uma das personagens, acrescentando-lhes profundidade e motivo. Isto sem nunca descuidar a comédia. Aconselho a prestarem particular atenção ao trabalho dos actores Michael Rooker (Yondu), Karen Gillan (Nebula) e Dave Bautista (Drax). Os seus diálogos são simplesmente fabulosos e tornaram-se, para mim, o melhor do filme.

Mas depois há o Rocket (Bradley Cooper) e o Baby Groot (Vin Diesel).

O primeiro está cada vez mais sarcástico e o segundo cada vez mais… fofinho. Ambos continuam a ser duas forças unidas por uma amizade inquebrável e, no caso de Rocket, é-nos revelado o seu trágico passado numa cena simplesmente inesquecível.

A química entre Peter Quill (Chris Pratt) e Gamora (Zoe Saldana) está cada vez melhor. O casal que não admite que é um casal mas que fala, comporta-se e olha um para o outro como um casal. Brilhante!

O filme está repleto de cameos e aparições especiais. Desde Kurt Russell e Sylvester Stallone (que não trabalhavam juntos desde “Tango & Cash”), passando por Tommy Flannagan (Sons of Anarchy), Stan Lee (melhor cameo ever), Ving Rhames (Pulp Fiction), Michelle Yeoh (O Tigre e o Dragão), David Hasselhoff (melhor uso de um ícone dos anos 80), Rob Zombie e Miley Cyrus.

Sim, leram bem, Miley Cyrus. Mas não se assustem é só um cameo de voz.

Não cheguem atrasados. O genérico inicial é um mini-filme com uma mini-grande-personagem e o genérico final é um jogo do “Onde está o Wally”.

E fiquem até ao fim dos créditos finais!

Em suma, e porque não gosto de revelar spoilers, “GotGvol2” é um dos melhores filmes do MCU, com um dos melhores elencos, realizador e argumentista. A banda sonora volta a ser fantástica e novamente uma parte integral da história que nos é contada.

E agora apresento-vos uma teoria que tenho vindo a pensar e deixo aqui para a vossa consideração:

Se o primeiro “GotG” seguia a estrutura narrativa de “Star Wars – A New Hope”, um filme sobre o erguer de um herói (neste caso equipa) e “GotGvol2” segue a estrutura de “Star Wars – Empire Strikes Back”, um filme sobre família (pais e filhos), podemos então teorizar  que…

Estará James Gunn a refazer a Trilogia Original de “Star Wars” com a Marvel?

Daqui a uns anos saberemos. Até lá divirtam-se com “GotGvol2” e vejam em IMAX!

Bom filme!

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