“Fargo” continua a surpreender. É a série ideal para aqueles que adoram séries inteligentes, filmadas de forma inovadora, e com um elenco fantástico.
Desta vez, “Fargo” segue a rivalidade entre dois irmãos (Emmit and Ray Stussy). Ray é um homem nada atractivo que está sempre na sombra do seu bem sucedido irmão, rei dos parques de estacionamento do Minnesota. Ao longo da temporada, esta rivalidade intensifica-se e fica fora de controlo, envolvendo jogos mentais, assassínios e mafiosos.
Noah Hawley, principal mente criativa por de trás de “Fargo”, oferece-nos mais uma vez uma história sombria sobre crimes que rapidamente se tornam numa situação caótica e imprevisível. Todas as temporadas deixam o mesmo sentimento devido à atmosfera única da série. Um sentimento de que ainda não estou farta, e dificilmente alguma vez estarei.
Apesar de muitos considerarem que o caos e a acção aparecem demasiado tarde na série, pessoalmente não concordo. O facto de conhecermos tão bem as personagens e as suas motivações torna o resto da história muito mais empolgante. A realização por de trás da série continua espantosa, tal como a cinematografia. A banda sonora é usada em sintonia com as personagens e é uma peça importante, particularmente nesta temporada.
Por fim, esta temporada está repleta de interpretações brilhantes. Ewan McGregor interpreta simultaneamente os dois irmãos Stussy, duas personagens bastante complexas e diferentes uma da outra. Carrie Coon (que conhecemos melhor pela surpreendente perfomance em “The Leftovers”) interpreta Gloria Burgle, uma mãe e polícia no Minnesota, que cruza caminho com os irmãos Stussy. Não há palavras para descrever quão fantástico foi David Thewlis, que vestiu a pele do principal vilão desta temporada, V. M. Varga. Por fim, uma especial menção a Mary Elizabeth Winstead, Nikky Swango na série, que interpretou de forma brilhante a namorada de Ray Stussy.
Se gostaste das temporadas anteriores, não deves perder esta. É cativante desde o primeiro ao último episódio.