Filme da Semana: “Apocalypse Now”, de Francis Ford Coppola

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Em Maio de 1979 estreou no Festival de Cannes aquilo que, na altura, foi descrito por Francis Ford Coppola como um “work in progress”. Foi aí que nasceu o legado de “Apocalypse Now”, onde arrecadou o seu primeiro prémio, o Palme d’Or.

Bom, na verdade este projecto começou na mente de Coppola dez anos antes, em 1969. A falta de dinheiro e as burocracias de Hollywood atrasaram a execução, mas, ao mesmo tempo, deram-lhe a oportunidade de realizar os dois primeiros filmes da trilogia “O Padrinho”.

Em “Apocalypse Now” seguimos a história de Benjamin Willard (Martin Sheen), cuja missão é eliminar um coronel desertor e aparentemente traidor, Walter E. Kurtz (Marlon Brando). O que vemos depois é a realidade das guerras.

A mensagem está aberta para a interpretação de cada um: para uns é um filme de propaganda militar; para outros é um filme que ilustra como as guerras são degradantes e o mal que por lá é feito. Do que ninguém pode discordar é que “Apocalypse Now” é uma obra-prima do cinema. A fotografia de Vittorio Storaro é irrepreensível e as performances de Robert Duvall e Martin Sheen estão no ponto. Tudo isto nos é oferecido numa caixinha idealizada por Coppola, em que o laço a embelezar é uma banda sonora perfeita.

É considerado, pela crítica e pelo público em geral, como um dos melhores filmes de todos os tempos. São poucos os filmes que tiveram um impacto tão grande na 7.ª arte e fora dela. Aliás, ainda hoje influencia a indústria cinematográfica e aquilo que é produzido. Um exemplo desta influência é “Kong: A Ilha da Caveira” (Jordan Vogt-Roberts), que estreia esta semana nas salas portuguesas. Só pelos trailers deu para perceber em vários momentos que há uma espécie de homenagem ao clássico de Coppola. Até os próprios posters que a Legendary Pictures e Warner Bros. Pictures usaram para a divulgação deste filme, gritam “Apocalypse Now”.

O mais fantástico é que esta obra-prima foi realizada num cenário de caos total (o nome Apocalypse até que combina bem). Houve de tudo: cenários destruídos, anos na sala de edição, ataques cardíacos e ameaças de suicídio. No entanto, foi feita história, e é por isso que ainda hoje se fala, e falará deste filme.

Se não viram este marco na história do cinema, não percam tempo. Não vão arrepender-se. É cinema intemporal no seu melhor.

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