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Free Guy – Herói Improvável | Não é um bom filme, é um grande filme

Francisco Amaral
  • Setembro 22, 2021
  • 3 min read

O novo filme de Ryan Reynolds, “Free Guy – Herói Improvável”, tem tudo: ação, comédia, drama, romance.

 

Em Free City, tudo acontece. Desde assaltos a bancos até perseguições policiais, é uma cidade em que não falta vida e ação quando descobrimos que, na verdade, a cidade é um jogo. O cenário para um videojogo, tal como Los Santos é para GTA V.
A forma de distinguir os jogadores das personagens não jogáveis (NPC’s) é relativamente simples e explicada no filme. As pessoas que têm uns óculos de sol, são jogadores. Os outros, são personagens do jogo, que dão a vida ao jogo.

 

Um Truman Show com videojogos

Guy é uma dessas personagens. Um tipo simples, simpático, com uma rotina sempre igual (acorda, diz bom dia ao seu peixe Goldie, toma o mesmo café, e vai trabalhar), e trabalha no banco. Aí, conversa com o seu melhor amigo, Buddy (Lil Rel Howery), e são assaltados. E repete. Até que conhece o “amor da sua vida”, Molotovgirl (Jodie Comer), personagem no jogo criada por Millie, uma apaixonada por videojogos.

Guy percebe que algo está diferente e começa a agir de forma estranha, como se fosse um jogador comum e não um NPC. Aí o filme fica com um tom algo dramático, como uma espécie de The Truman Show, em que Guy quer descobrir mais sobre o mundo dos NPC’s e o porquê dele ser diferente.

O filme tem cenas hilariantes, com Ryan Reynolds a ser ele próprio. As cenas de ação são bem coreografadas e têm também o seu ponto cómico, como Guy a descobrir as habilidades de combate, ou a fugir dos polícias.

Vê também: Análise a Truman Show.

Uma reunião da cultura pop

Joe Keery (Stranger Things), juntamente com Jodie Comer e Taika Waititi, dão a vida ao filme, fora de Free City, no “mundo real”. Taika Waititi desempenha um papel brilhante e hilariante onde tenta representar um dono ‘cool‘ de uma empresa e produtora de videojogos.

 

Com quantidades exorbitantes de referências à cultura pop, como Star Wars, Fortnite, Marvel, ou até mesmo ao mundo dos videojogos e criadores de conteúdo, com as breves aparições de personalidades como Ninja ou Pokimane, o filme torna-se interessante para quem está por dentro do mundo dos videojogos, como para quem não tem tanto conhecimento.

Em suma, não sendo uma obra de arte, é um filme muito bem conseguido, com um excelente elenco, repleto de ação e comédia muito boa, tanto intelectual como física. É um filme para miúdos e graúdos, e cerca de duas horas de bom entretenimento.

Vê também: Os cinco melhores papéis de Ryan Reynolds.
Francisco Amaral
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Francisco Amaral

Apaixonado por videojogos e tudo o que tenha narrativa, é fácil encontrarem-me a ver a saga Star Wars (como deve ser) ou a escrutinar tudo o que há para saber sobre Marvel. Ler é também outro dos universos onde mergulho muitas vezes.

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