Uma Análise aos Clássicos: “The Truman Show”, de Peter Weir

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Imagina que a tua vida era transmitida para todo o mundo na TV, 24 horas por dia, desde o dia do teu nascimento. O pior disto tudo, sem o teu conhecimento – “The Truman Show”.

Como te irias sentir, se numa manhã ao acordar, descobrisses que toda a tua vida era uma mentira?

Esta é a história de Truman Burbank (Jim Carrey) que vive numa farsa desde o primeiro dia da sua vida. Casado, com um emprego, amigos de infância e vizinhos com quem partilha o seu dia-a-dia, pensando tratarem-se de relações interpessoais genuínas, quando na realidade, todos são atores que trabalham para gerar audiências num programa que está no ar há 30 anos, criado por um homem chamado Christof (Ed Harris).

Tudo se passa num estúdio de gravações, o maior do mundo, que ao lado da Muralha da China, é a única construção visível do espaço. Este estúdio é tudo o que Truman conhece, uma vez que nunca viajou, nunca sequer saiu da sua cidade. Existem cerca de 5.000 câmeras que capturam cada pequeno movimento de Truman. O programa é transmitido sem interrupções publicitárias. No entanto, como explicado por Christof no filme, há publicidade na mesma, embora feita pelas personagens, ou simplesmente pelo estilo de vida que “é vendido” ao exterior.

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Truman tem a sua vida toda planeada, mas não é por ele. Ao contrário daquilo que estava delineado, apaixona-se por uma figurante, Sylvia (Natascha McElhone), ao invés de se apaixonar por Meryl (Laura Linney), a atriz que estava destinada a interpretar o papel de sua mulher. Apesar de Sylvia ter sido rapidamente retirada do cenário, permanece com ela na memória. Pouco tempo depois, no seu 30.º aniversário, Truman começa a reparar em alguns detalhes (falhas técnicas) que o levam a ficar desconfiado e também em como a cidade parece mover-se à sua volta. Será que Truman descobre a verdade sobre a sua vida?

Um filme que, sem sombra de dúvidas, te vai fazer pensar sobre a condição humana e em como aceitamos determinada realidade sem nos interrogarmos se haverá algo mais. É um filme duro, com aspetos quase inumanos, mas que contrasta bem com o humor, que atenua de forma inteligente a insanidade aqui representada.

Curiosamente, segundo um artigo de 2008 do New York Times, vários psicólogos reportaram um acrescido número de pessoas que sofriam do “Sindrome do Truman”, ou seja, crêem inconscientemente que são estrelas do seu próprio reality-show. Estranho, não é? E por falar em curiosidades, sabiam que o Jim Carrey e o ator Ed Harris nunca se encontraram durante a gravação do filme?

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