Descobre os grandes vencedores da 14ª edição do MOTELX

Tabela de Conteúdo

O MOTELX chegou ao fim e já são conhecidos os vencedores da 14º edição.

‘A Grande Paródia’, ‘Pelican Blood’, ‘Mata’ e ‘Azar na Praia’ foram os títulos que mereceram menção na sessão de encerramento que esgotou a Sala Manoel De Oliveira.

Mata, de Fábio Rebelo, foi a obra vencedora do Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa 2020 / Méliès d’argent. Na produção, vê-se um casal perdido numa floresta cujo reencontro traz consequências aterradoras. Mata ficou automaticamente selecionada para o Prémio Méliès d’or, que será atribuído pela Méliès International Festivals Federation em Outubro no Festival de Sitges, em Espanha.

Ver também: MOTELX 2020 | Saint Maud – Um misto de religião e loucura

Nas palavras do júri – Pandora da Cunha Telles, João Pedro Rodrigues e Margarida Vila-Nova, trata-se de  “um filme sólido que joga com o imaginário da literatura fantástica, mergulhando num espaço onde enfrentamos os nossos pequenos medos”, e que, “em escassos minutos e sem pretensões”, “revela a promessa de um jovem realizador”.

O Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa (no valor de 5000€) é o maior prémio para curtas-metragens em Portugal. Existe desde 2009 com o objetivo de dar incentivo à produção nacional de cinema de terror.

A Menção Especial foi para a A Grande Paródia, de André Carvalho, sendo considerado pelo júri um “filme visceral” sobre um realizador que adormece enquanto vê televisão e sonha vender a alma a troco de fama e glória. “Transgredindo a ironia”, a curta-metragem desarmou o júri “pela sua brutalidade” e “pela coragem tocante, no limite da castração e da auto-representação.”

Já na competição internacional, Pelican Blood, de Katrin Gebbe, por “escolha unânime” do júri – Pedro Mexia, Filipe Homem Fonseca e Carla Galvão – venceu o Prémio MOTELX – Melhor Longa de Terror Europeia 2020 / Méliès d’argent. O segundo filme da realizadora alemã (co-produção Alemanha/Bulgária) explora a agonia de uma mãe que adota uma criança que vem a revelar comportamentos perturbadores.  Segundo as palavras do júri, trata-se de “um filme que instala uma tensão permanente, um filme sobre o instinto maternal e a saúde mental, sobre a perda e o sacrifício, sobre o mal como proteção, um mal reeducável, que faz apelo à coragem e à perseverança, contra toda a lógica e toda a esperança.”

Ver também: MOTELX 2020 | Amulet – O feminismo como arma de justiça

Pelican Blood sucede ao russo Why Don’t You Just Die! (Kirill Sokolov) e fica, à semelhança dee Mata, nomeado para o Prémio Méliès d’or.

A competição de longas-metragens europeias foi inaugurada em 2016. Este ano estiveram sete filmes a concurso, cuja diversidade o júri destacou: “diversidade geográfica, diversidade de género (três filmes realizados por mulheres e várias histórias em que as mulheres não são apenas vítimas, mas protagonistas fortes, voluntaristas), diversidade de estilos e sub-géneros, e diversidade no diálogo com o cinema contemporâneo.

A equipa do MOTELX aproveitou também o momento de encerramento para agradecer ao público, porque apesar de se tratar de um ano atípico que implicou muitos desafios para o festival, as pessoas não deixaram de aparecer e de criar “o ambiente Motel X”. Fazendo um balanço geral, a equipa concluiu que este ano superaram-se as expectativas, tendo mais de 20 sessões esgotado.

MOTELX regressa em 2021, de 7 a 12 de setembro.

O que achaste? Segue-nos @cinema_planet no Instagram ou no @cinemaplanetpt Twitter.

Partilha este artigo:
Translate »