Hellboy, além de ser um reboot do franchise, não irá revisitar as origens. David Harbour, que irá vestir a pele da personagem, revelou alguns detalhes.
O filme está a ir para a frente e já conta com Ian McShane (“John Wick”, “Deuses Americanos”) e Milla Jovovich (“Resident Evil”) no elenco, ao lado de David Harbour (“Stranger Things”) que irá interpretar Hellboy.
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Harbour partilhou um pouco sobre o papel:
Há algo sobre as suas origens, mas não é um filme sobre as origens. Nós meio que entramos no filme no meio da acção. Há um pedaço onde mostramos coisas, mas é mesmo uma história e vocês caem no meio dela com este tipo. De certa forma, sinto que é como o Indiana Jones era. Começamos com ele a roubar um ídolo, mas depois voltamos à universidade e percebemos que é um arqueólogo, mas no fundo é um tipo que rouba ídolos e luta contra nazis e quer roubar a Arca. Mas nunca voltamos a quando era miúdo a perguntar-mo-nos “Como é que ele se tornou no Indiana Jones?”. Não, aceitamos que aquele é o Indiana Jones e eu acho que a nossa história também é assim. Aceitamos que há este tipo meio-demónio a correr pelo mundo, a ser uma espécie de investigador paranormal e a resolver crimes ao mesmo tempo que lida com os seus próprios problemas.
Apesar da história de Indiana Jones ser explicada noutros filmes, o ponto ainda é válido, uma vez que “Os Salteadores da Arca Perdida” não se esforça muito por explicar as origens do seu herói.
Harbour admite que é estranho haver uma performance estabelecida da personagem que interpreta, mas revela que tem ideias novas.
É único e estranho. Há coisas que vou fazer de maneira diferente. Hellboy é a mesma personagem da banda desenhada e do que Ron [Perlman] fez, algumas coisas serão iguais, mas eu acho que – não sei, há uma perspectiva diferente porque eu meio que realço coisas diferentes, acho eu, do que o que Ron fez. Ron meio que abraça a masculinidade que tem em comum com Hellboy, e eu realmente acho interessante e uma performance interessante, mas acho que o Hellboy tem uma certa dinâmica psicológica em que por vezes tem que provar que é um leão, tem que rugir, e acho que ele se debate com a sua própria masculinidade. Mas não acho que precise tanto dela como talvez nos outros filmes. Eu tenho uma perspectiva diferente das suas capacidades. Eu acho que ele tem menos habilidade para construir essa personalidade.
À velocidade a que o filme está a avançar, provavelmente não teremos que esperar muito mais para ver Harbour em acção no que será um filme R-rated.
