O realizador Arnaud Desplechin conta ao Cinema Pla’net como é trabalhar com Mathieu Amalric, que está a exibir “Barbara” em Portugal.
Famoso por filmes como “Munique” de Steven Spielberg, “O Escafandro e a Borboleta” de Julian Schnabel, “Grand Budapest Hotel” de Wes Anderson e “007 – Quantum of Solace” de Marc Forster, o ator francês Mathieu Amalric volta a aventurar-se pela realização com “Barbara”.
Protagonizado pelo próprio Amalric e por Jeanne Balibar, trata-se da história uma atriz que começa a sentir-se invadida pela personagem que interpreta, a icónica cantora Barbara. Ao mesmo tempo, o realizador do filme começa a sentir-se cada vez mais inspirado. Já não sabe, no entanto, se pela atriz ou pela personagem.
Arnaud Desplechin, que por diversas vezes colaborou com Mathieu Amalric e que este ano o dirigiu em “Os Fantasmas de Ismael”, falou em exclusivo ao Cinema Pla’net:
O Mathieu atravessa muitos filmes diferentes e vai a fundo em tudo o que faz. Quando o reencontrei para a personagem do Ismael ele atingiu um extremo a visitar géneros diferentes. Extremamente ridículo, extremamente violento, extremamente melodramático, extremamente sentimental, extremamente púdico… Lembro-me de ser o último dia para o Mathieu, mas quando ainda me restavam mais alguns dias de filmagens. Olhava-o deslumbrado com tudo o que ele contou no mesmo filme. Mostrámos tudo o que sabíamos fazer. E foi uma grande emoção de o filmar, de revisitar todas as personagens que fizemos juntos.
Seleção oficial do Lisbon & Sintra Film Festival, “Barbara” chega agora aos cinemas portugueses. Na mesma altura em que vence o prémio Louis Delluc de Melhor Filme e após quatro nomeações aos prémios Lumière. Em Maio, o filme venceu um prémio especial da secção Un Certain Regard em Cannes.