Com estreia mundial realizada em 2018, “Nomis” junta um elenco de luxo num ambiente hostil e gelado, de cortar a respiração.
“Nomis” decorre no clima vertiginosamente gelado do Canadá e conta-nos a história de Marshall (Henry Cavill), um polícia no departamento de homicídios que, com a ajuda de um vigilante, prende um famoso predador online.
Porém, os esquemas maliciosos deste predador não terminam mesmo com este preso e todos os envolvidos se vêem encurralados numa luta para perceber como ele consegue levar a cabo tais façanhas e conseguir salvar o máximo de pessoas possível.
Aquilo que é mais saliente neste “Nomis” é o seu vasto elenco – o que não é de estranhar. Para além do já mencionado Henry Cavill, temos igualmente Alexandra Daddario, Stanley Tucci, Nathan Fillion e Sir Ben Kingsley. De facto, é de espantar tanto talento junto nesta película.
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Assim, não é incomum percebermos que todos os presentes oferecem boas performances, apesar de não terem muito com o que trabalhar. Talvez os mais evidentes serão Alexandra Daddario, no papel de uma psicóloga astuta e persistente, e Henry Cavill, que demonstra que é muito mais do que um físico apelativo e tem neste “Nomis” um papel sóbrio e pesado que lhe assenta na perfeição.
Contudo, apesar de todas as tentativas por parte do elenco de elevar o material que lhes é dado, a verdade é que “Nomis” fica muito aquém de todo o seu potencial.
O argumento derrapa por várias storylines pouco aprofundados, retirando impacto e demasiado tempo de antena à história mais interessante – a propriamente investigação do raptor.
A realização por parte de David Raymond é fria e apática, sendo que até combina bem com o ambiente que as personagens estão rodeadas. Contudo, a edição cronológica dos acontecimentos não é totalmente compreensível e, nalguns casos, parece que distraidamente não foram colocadas pela ordem certa.
Para além disso, toda a investigação, além de ser constantemente interrompida por devaneios narrativos desinteressantes, também é em si pouco apelativa e totalmente previsível, sendo o resultado adivinhável desde os primeiros momentos.
Pouco há para se dizer sobre “Nomis”, um filme com um ótimo potencial mas que se perde pelos meandros de plots sem motivo de existência. A direcção pela parte de David Raymond evidencia a sua inexperiência por ser a sua primeira longa-metragem. Tinha todo o potencial – talvez para a próxima este potencial seja alcançado.