O Regresso de Mary Poppins – Um Clássico Instântaneo

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54 anos após a estreia do clássico “Mary Poppins” em 1964, a ama mais mágica de sempre está de volta ao grande ecrã com este “O Regresso de Mary Poppins”.

Como se faz uma sequela de um filme clássico como “Mary Poppins”, que encantou várias gerações ao longo dos anos e que ainda está bem presente na memória de todos os que o viram? A resposta mais correta será homenagear o seu antecessor, mas dar-lhe vida própria para o conseguir subsistir sozinho. E é, portanto, exatamente isso que “O Regresso de Mary Poppins” nos oferece.

Desta vez, a história ocorre 24 anos após os acontecimentos do primeiro filme, durante a Grande Depressão na Grã-Bretanha. As crianças Banks já são adultos, com filhos, e Michael Banks (Ben Whishaw) ainda vive na mesma casa, que está em vias de ser penhorada pelo banco. É então neste tumulto familiar que Mary Poppins regressa, desta vez na pele de Emily Blunt, para, com a sua magia e personalidade, ajudar a família a unir-se e voltar a encontrar a felicidade que tanto precisam.

Mary Poppins

Se fosse para definir este “O Regresso de Mary Poppins” em apenas uma palavra, esta teria de ser maravilhoso. Esta sequela volta a conseguir captar a magia e o encanto que o original tem, resgatando o espírito clássico mas injetando um suave toque de modernidade na sua aparência e no seu espectáculo.

E que espectáculo este que estou a falar. Desde os efeitos visuais a relembrar os desenhos animados em 2D, desenhados à mão, como o que foi feito no original, até aos momentos de coreografia dignos de uma peça da Broadway. Tudo em O Regresso de Mary Poppins foi prontamente planeado para conseguir encantar o espectador em cada piscar de olhos.

Mary Poppins

Grande parte desta magia também advém da própria música do filme. Pelas mentes de Marc Shaiman e Lin-Manuel Miranda, a banda-sonora está repleta de músicas orelhudas e cativantes, com letras significativas, que ajudam a avançar a história e a ensinar os mais jovens lições importantes para a vida. Podem não ser tão memoráveis como as do original e haver uma ou duas a mais, mas as músicas de “O Regresso de Mary Poppins” continuam a ter um toque especial.

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Nada disto seria possível sem as performances do cast conseguirem elevar o material do filme. E, neste campo, não nos desiludimos, com todos os atores a transportarem o melhor de si para o ecrã, desde os mais novos aos mais velhos. Mas aqui terá de se fazer destaque a Emily Blunt que oferece uma excelente representação de Mary Poppins, não imitando o que Julie Andrews trouxe a este papel, mas sim a ser uma progressão lógica e igualmente encantadora.

Mary Poppins

Onde “O Regresso de Mary Poppins” fica aquém daquilo que poderia dar é mesmo no vilão Wilkins, o dono do banco representado por Colin Firth. Embora o ator esteja à vontade no papel e mostre o quão bom ator ele é, a personagem não tem muito para oferecer e não passa senão de um vilão comum, sem profundidade, que apenas serve para ser um obstáculo. Para além de Firth, Meryl Streep também é mal aproveitada, com uma cena que não tem qualquer consequência para a história e que poderia ser cortada do produto final.

“O Regresso de Mary Poppins” é um digno sucessor do clássico que todos conhecemos, conseguindo voltar a transportar a magia e o encanto para o grande ecrã. Com uma excelente Emily Blunt com o guarda-chuva, consegue chegar e conquistar quem for ver.

Será que temos nas mãos um clássico instantâneo? Só o tempo o dirá.

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