Ao fim de cinco temporadas, Orphan Black chega ao fim com uma temporada forte. Tatiana Maslany deslumbra-nos mais uma vez ao longo dos dez episódios. As saudades do Clone Club já apertam.
A maioria das séries encontra dificuldades no modo de terminar uma série. Para além de ser necessário resolver pontas soltas, tem de o fazer de forma cativante. Mas também tem de nos deixar satisfeitos com a vida das personagens após a aventura retratada na série. Orphan Black faz tudo isto e muito mais.
Nesta temporada, conseguimos descobrir como era a vida dos clones através de flashbacks. Por exemplo, descobrimos que Helena teve a infância mais difícil. Depois de ser abusada por freiras, cresceu a aprender a ser uma assassina dos outros clones. Também Sarah teve direito a flashbacks. Quer da decisão de não abortar, quer do parto de Kira com a ajuda de Siobhan. Todos os flashbacks foram importantes, as suas histórias permitiram que os espectadores adorassem ainda mais as personagens.
O último episódio, “To Right the Wrongs of Many”, foi dedicado especialmente à jornada após a derrota do vilão. Este importante pormenor consegue mostrar que toda a história não é uma luta contra o mal mas sim acerca de nós e como é difícil decidir o próximo passo depois de um longo caminho.
Orphan Black conseguiu fazer algo nunca antes visto e que os espectadores desejavam há muito: uma série emocionante de ficção científica e conspiração, com personagens femininas multidimensionais. Com a dose certa de humor, sentimentalismo e ciência, conseguiu captivar grande parte dos espectadores do primeiro episódio até este final.
A quinta temporada não foi genial e os seus acontecimentos não foram totalmente inesperados mas deu-nos o final que nós (e as personagens) precisávamos.