A segunda temporada de “Stranger Things” começa um ano após os acontecimentos da primeira.
Um novo monstro, mais perigoso do que o anterior, ameaça aterrorizar a pequena cidade de Hawkins. Apesar de Will Byers ter regressado, uma entidade sinistra continua a ameaçar aqueles que sobreviveram.
A popularidade que a série ganhou criou expectativas altas. No entanto, “Stranger Things” conseguiu recapturar a nostalgia e atmosfera da temporada anterior. Apesar de várias pequenas histórias dentro do enredo principal, a série conseguiu manter-se consistente e entusiasmante. As imensas referências a filmes, séries e livros dos anos 80 continua a ser cativante. Também a banda sonora volta a ser uma obra de arte com vida própria.
Os irmãos Duffer, criadores da série, conseguiram tirar melhor partido do seu elenco. Millie Bobby Brown prova mais uma vez que é uma actriz com um futuro promissor. Desta vez, Eleven tem a sua própria história, e conhecemos melhor as suas motivações e o seu passado. Também passamos mais tempo com Noah Schnapp, que interpreta Will Byers. O actor é excelente como um jovem torturado por algo aterrorizante que não consegue compreender completamente. Para além de explorar personagens antigas, nesta temporada houve espaço para introduzir mais duas personagens importantes, Bob (Sean Astin) e Max (Sadie Sink).
Algumas pequenas histórias poderiam ter sido melhor exploradas (como a de Max e a de Jonathan e Nancy). A terceira temporada poderá servir para isso. “Stranger Things” só voltará daqui a um ano e é impossível não nos questionarmos se os irmãos Duffer conseguirão surpreender-nos outra vez. Seria fácil voltar a repetir o que aconteceu antes, ir pelo caminho menos árduo e não continuar a inovar.
Considerada já mais popular do que “A Guerra dos Tronos”, “Stranger Things” merece a atenção e as expectativas nela colocada. Se ainda não viste, não percas mais tempo.
