Angelina Jolie soube aliar a beleza ao talento, conseguindo fazer as delícias dos estúdios de Hollywood. Porém, com isto, Angelina acabou por enveredar por um caminho que a levou rapidamente ao mediatismo, mas que lhe trouxe pouco reconhecimento no que toca à sua, diga-se, elevada qualidade de representação.
Angelina Jolie, nascida no ano de 1975, na cidade de Los Angeles, na Califórnia, encetou a sua carreira na sétima arte em 1982, com uma participação no filme “Aventura em Las Vegas” que foi escrito e protagonizado pelo seu pai, John Voight (“O Cowboy da Meia-noite”). Após o filme que a lançou, Angelina participou em várias curtas-metragens e pequenos vídeos, voltando às longas-metragens somente em 1995 em “Hackers – Piratas Cibernéticos”, onde foi protagonista.
Apesar de sobressair com o seu desempenho no filme feito para televisão “Gia”, para se conseguir ver uma verdadeira boa prestação de Angelina Jolie e, muito provavelmente, a sua melhor, temos de esperar até 1999, quanto esta interpretou Lisa, em “Vida Interrompida”.
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Numa carreira repleta de filmes de ação, é quando foge desse mesmo registo que Angelina alcança as suas melhores prestações. Para além de “Vida Interrompida”, Angelina obteve um desempenho igualmente fabuloso aquando da interpretação de Christine Collins no filme de Clint Eastwood, “A Troca”. Angelina Jolie conseguiu ainda arrancar um bom desempenho, num registo que nunca antes tinha experimentado, a fantasia, quando interpretou Maléfica, no filme com o mesmo nome.
Lisa em “Vida Interrompida” (1999)
Personagem: Uma jovem mulher sociopata que vive num hospital psiquiátrico.
É com este filme que Angelina Jolie consegue dar o boom na sua carreira. Um desempenho estonteante fez com que a atriz de, na altura, 24 anos, se lançasse de forma definitiva na carreira onde mais tarde iria atingir o estrelato.
Pode afirmar-se, muito provavelmente de forma unânime, que este foi, até ao momento, o seu melhor desempenho. Tal como a sua personagem, Angelina revela com o seu desempenho atrevimento, irreverência e ousadia em doses adequadas para brilhar.
Angelina Jolie conseguiu arrecadar, com a interpretação de Lisa, o Oscar na categoria de atriz secundária.
Realizador: James Mangold
Lara Croft em “Lara Croft: Tomb Raider” (2001)
Personagem: Uma jovem arqueóloga que luta para encontrar e destruir um artefacto que seria capaz de controlar o tempo.
O filme que é baseado no videojogo com o mesmo nome marca a carreira da atriz californiana sobretudo pelo mediatismo que teve e não pelo seu desempenho sofrido. O filme que teve todos os ingredientes para se tornar numa péssima obra, tornou-se nisso mesmo. Um argumento paupérrimo e uma realização muito pouco cuidada ajudaram a afundar um projeto que se centrava na exibição da figura de Angelina.
Dois anos mais tarde houve a oportunidade da atriz voltar a desempenhar o papel de Lara Croft onde confirmou as fragilidades já sentidas no primeiro filme.
Realizador: Simon West
Jane Smith em “Mr. and Mrs. Smith” (2005)
Personagem: Uma assassina contratada que vive uma vida dupla com o seu marido que partilha a mesma profissão e, por ventura, o mesmo segredo.
A atriz divide o protagonismo com aquele que se tornaria o seu marido, Brad Pitt (“Clube de Combate”) e por isto, talvez tenha sido este o filme que mais marcou a sua vida pessoal.
Ação e mais ação, com algum mistério à mistura, fazem de “Mr. and Mrs. Smith” um filme de puro entretenimento e fácil de ser visto. Com esta personagem, mostra alegria. É notório que a atriz aprecia e gosta de representar dentro do estilo. Sempre muito segura, Angelina mostra uma enorme cumplicidade com o seu parceiro de tela.
Realizador: Doug Liman
Christine Collins em “A Troca” (2008)
Personagem: Uma mãe solteira que luta de forma incessante para encontrar o seu filho desaparecido.
Angelina interpreta a angústia, a dor e o sofrimento vivido por uma mulher em que ninguém acredita e que foi colocada à parte da sociedade, de forma sublime.
Uma década mais tarde volta a ter uma prestação digna de registo, equiparando-se àquela que tinha sido, de longe, o seu melhor desempenho. É de notar que é num filme que não de ação que Angelina volta a brilhar e a evidenciar todas as qualidades e todo o seu talento.
Realizador: Clint Eastwood
Fox em “Procurado” (2008)
Personagem: Uma jovem mulher que faz parte de Fraternidade, uma sociedade secreta de assassinos.
A atriz volta ao registo que lhe diz mais, o de filmes de pura ação. Com um argumento de pouca relevância, o que ajuda a segurar o filme são os efeitos especiais e a presença de Angelina, assim como de Morgan Freeman (“Sete Pecados Mortais”).
Uma vez mais, como em grande parte, senão em todos os filmes de ação em que Angelina Jolie participou, a nudez do seu corpo é colocada em grande destaque. A atriz mantém-se igual a si própria, sem se exceder onde alguém com menos experiência podia muito bem exceder-se, mas também sem fazer muito mais do que era expectável.
Realizador: Timur Bekmambetov