13º FEST trouxe cinema progressista à cidade de Espinho

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Pelo 13º ano consecutivo, Espinho foi palco de um dos mais importantes festivais de cinema de Portugal. O FEST – New Directors | New Films Festival, que decorreu entre 19 a 26 de junho, exibiu à sua diversa audiência centenas de filmes vindos de todas as partes do mundo.

Desde cinema experimental até ao mais experiente, durante os oito dias estiveram em exibição mais de trezentos filmes, divididos entre diversas categorias que iam desde ficção a documentário e até mesmo animação, tudo entre curtas a longas metragens que iam sendo exibidas em diversas zonas de Espinho.

O Centro Multimeios da cidade foi o palco da maior parte das exibições, com visionamentos a acontecer tanto no Auditório principal como na Sala Spatium (Planetário). Para além deste edifício, também o Casino de Espinho foi palco de algumas das exibições mais importantes do festival, exibindo as suas longas metragens ao longo da semana.

Nesta edição, para além de trazer novos talentos da 7ª arte, o FEST recordou valores chave da humanidade, tais como a tolerância, o progresso e a coragem, fazendo destes valores o tema principal do evento. Ao longo do festival, diversos filmes, dirigidos por aspirantes a cineastas ou já experientes na arte, mostraram os seus talentos e a sua criatividade, adaptando o tema de cada uma das suas produções ao do FEST.

Em concurso estiveram mais de trezentos filmes, divididos entre as várias categorias competitivas, sendo revelados os vencedores durante a cerimónia de encerramento de domingo. Na categoria FESTinha, uma secção competitiva de curtas dirigidas aos mais novos, foram atribuídos prémios para cada um dos dias em que esta categoria esteve em visionamento. Os quatro vencedores desta categoria foram “Lilou”, de Rawan Rahim, do Líbano, “Pas a Pas”, de C. Arnoux, M. Gapp, F. Heilig, M. Roux e L. Rubinstain, de França, “Way of Giants”, de Alois di Leo, do Brasil, e “Schlboski”, de Tomás Andrade e Sousa, de Portugal.

O Grande Prémio Nacional teve como objetivo destacar alguns dos melhores trabalhos do cinema amador português. Apresentado por José Quinta Ferreira, um dos membros do júri, o prémio apresentou duas menções honrosas, atribuídas a “Um Refúgio Azul”, de João Lourenço, e “78.4 Rádio Plutão”, de Tiago Amorim. A curta vencedora foi “Maria Sem Pecado”, de Mário Macedo.

Na secção NEXXT destacaram-se as produções criadas por estudantes das melhores escolas de cinema mundiais. Nesta secção, o grande vencedor foi “Bond”, de Judit Wunder, da Hungria. Também o público teve direito a votar nas suas produções favoritas, podendo destacar as duas produções mais apreciadas. No “Audience Award”, o prémio de melhor longa metragem foi para “Sacred Water”, de Olivier Jourdain, da Bélgica, e a melhor curta foi para “A Instalação do Medo”, de Ricardo Leite.

De seguida, e apresentado pelo famoso cineasta e diretor de fotografia Edward Lachman, surgiram os prémios do Lince de Prata para as categorias de melhor animação e cinema experimental. Na categoria de melhor curta de animação, a primeira menção honrosa foi para “Locus”, de Anita Kwiatkowska-Naqvi, da Polónia, enquanto a segunda pertenceu a “Pussy”, de Renata Gasiorowska, da Polónia. A curta de animação vencedora foi “Antarctica”, de Jeroen Ceulebrouck, da Bélgica.

Foi também Lachman quem apresentou os premiados da categoria de curtas experimentais. Nesta secção as duas menções honrosas pertenceram a “As the Jet Engine Recalls”, de Juan Palacios, de Espanha, e a “Simba in New York”, de Tobias Sauer, da Alemanha, enquanto o vencedor foi “Apocalypse”, de Justyna Mytnik, da Polónia.

Na categoria de melhor curta de documentário, apresentado pelos realizadores Manuel Mozos e Salomé Lamas e pelo produtor Ángel Sánchez, a menção honrosa foi para “Without Sun”, de Paul de Ruijter, da Holanda, enquanto o vencedor foi “Homeland”, de Sam Peeters, da Bélgica. Por sua vez, a categoria de curta de ficção, apresentada por Lucy Brown, produtora de cinema e televisão, e Diogo Costa Amarante, realizador, teve como menção honrosa “A New Home”, de Žiga Virc, da Eslovénia, enquanto o vencedor foi “Downside Up”, de Peter Ghesquiere, da Bélgica.

Por fim, o galardão Lince de Ouro, que destaca as melhores longas metragens do festival, teve duas categorias: ficção e documentário. Na categoria de ficção, também ela apresentada por Mozos, Lamas e Sánchez, o grande vencedor foi “The Road Movie”, de Dmitrii Kalashnikov, da Bielorrússia. Por sua vez, a categoria de melhor filme de ficção, apresentado por Richard Morrison (designer de títulos), Nicole Quinn (argumentista, atriz e realizadora) e Xavier Garcia Puerto (curador de cinema e vídeo e gestor cultural), teve como menções honrosas “Old Stone”, de Johnny Ma, e “The Invisible Hand”, de David Mácian, atribuindo posteriormente o galardão a “Filthy”, de Tereza Nvotová, da República Checa.

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