O trailer de The Bride, realizado por Maggie Gyllenhaal, revela uma reinvenção punk-romântica do mito de Frankenstein com Christian Bale e Jessie Buckley. Conheça o elenco, a estética visual e o contexto de lançamento desta versão que mistura Bonnie and Clyde com monstros clássicos.
O que revela o trailer de The Bride?
O primeiro trailer de The Bride, partilhado pela Collider, sublinha logo à primeira vista a aposta de Maggie Gyllenhaal numa estética pop-punk e de época. O vídeo usa uma paleta visual muito marcada — vermelhos e brancos sobre fundos negros — e mistura romance, violência e humor negro com referências claras a filmes de fuga a dois, lembrando o tom de Bonnie and Clyde. A narrativa mostrada no trailer abre com a origem da personagem de Jessie Buckley: depois de cair por umas escadas e morrer, ela é exumada, trazida de volta à vida e acorda numa mesa de operações.
Nesse momento, a sua primeira visão é a do homem que, por oposição, tem o rosto costurado e um sorriso artificial — a versão de Frankenstein interpretada por Christian Bale. A partir daqui, o trailer acompanha a dupla em fuga, com cortes para elementos iconográficos (um Ford Model 40, manchetes de jornais a sugerir homicídios) e frases de efeito como “Until death do us part”, que reforçam a fusão entre romance e perigo.
Quem forma o elenco e por que isso importa?
A força do projecto está também no elenco de grande calibre reunido por Gyllenhaal. Além de Jessie Buckley e Christian Bale, o filme conta com nomes como Peter Sarsgaard (marido de Gyllenhaal), Jake Gyllenhaal (irmão da realizadora), Annette Bening, Penélope Cruz e Julianne Hough. Esta combinação de atores consagrados com intérpretes em ascensão cria uma dinâmica interessante e confere prestígio ao projecto, algo útil para uma reinvenção de um mito tão estudado como o de Frankenstein.
- Christian Bale: conhecido por papéis intensos (ex.: American Psycho, The Dark Knight).
- Jessie Buckley: recentemente aclamada por trabalhos dramáticos (ex.: The Lost Daughter).
- Maggie Gyllenhaal (realizadora): este é o seu segundo filme como realizadora de longa-metragem, depois de já ter mostrado uma sensibilidade própria na sua carreira como actriz.
O tom e a visão de Maggie Gyllenhaal: o que muda no mito?
Maggie Gyllenhaal opta por descolar o mito tradicional do monstro do seu contexto gótico original e projectá-lo para uma narrativa que mistura crime romântico e cultura punk. Em termos visuais, o trailer faz uma opção deliberada por cores saturadas e contrastes fortes que sublinham o carácter teatral e quase performativo dos protagonistas. Esta abordagem transforma Frankenstein de figura puramente trágica numa espécie de anti-herói estilizado, com vibrações de filme de fuga e casal criminoso.
Na ausência de entrevistas extensas da realizadora neste trailer, o que vemos é suficiente para perceber uma intenção clara: humanizar a criatura sem perder a violência e o humor sombrio que caracterizam muitos filmes de culto. A aposta em frases de efeito e em referências visuais clássicas sugere também uma leitura auto-consciente do próprio legado dos monstros no cinema.
Quem escreveu e quando estreia The Bride?
O filme vai estrear nos cinemas a 6 de Março de 2026.
Por que 2025-2026 é o “ano dos monstros”?
O lançamento de The Bride surge num momento em que vários projectos ligados a monstros clássicos voltam a ganhar destaque. Um dos exemplos mais notórios é o novo filme de Guillermo del Toro sobre Frankenstein, com Oscar Isaac como médico e Jacob Elordi no papel da criatura — aventado para estreia a 17 de Outubro nos cinemas, com lançamento na Netflix a 7 de Novembro (segundo reportagens incluídas no artigo). A convergência de dois filmes ligados ao mesmo mito no espaço de pouco tempo coloca o tema no epicentro das discussões cinematográficas e cria um comparativo natural entre abordagens distintas: a de del Toro, conhecido pelo seu romantismo sombrio e estética barroca, e a de Gyllenhaal, que aposta no punk e no crime romântico.
Este fenómeno reforça uma tendência mais ampla em Hollywood e no cinema mundial: revisitar clássicos com novas leituras que dialogam com referências contemporâneas — seja para explorar temas de identidade, responsabilidade criadora, ou para reinserir ícones no imaginário pop moderno.
O que torna The Bride diferente de outras adaptações?
O aspecto mais distintivo revelado pelo trailer é a fusão entre o mito de Frankenstein e a narrativa de casal criminoso em modo rock’n’roll. Onde outras adaptações tendem a ressaltar o horror moral ou a tragédia científica, The Bride aposta na celebração estética e na rebeldia romântica. A personagem de Jessie Buckley não é apenas o objecto da criação; ela é uma protagonista com agência narrativa, que acorda, vê e reage ao mundo que a rodeia.
Além disso, a escolha por tons visuais fortes e por um elenco que inclui figuras como Peter Sarsgaard e Jake Gyllenhaal acrescenta camadas de curiosidade para o público: que papéis desempenharão estas figuras no desenlace? A estratégia de Gyllenhaal parece ser encenar um mito familiar com um novo verniz estilístico que mira tanto cinéfilos quanto o público mais jovem interessado em cultura pop e subcultura punk.
O que podemos esperar do impacto cultural e comercial?

Se o filme conseguir alinhar crítica e público, poderá ajudar a reavivar interesse por adaptações dos monstros clássicos num registo menos reverencial e mais iconoclasta. Comercialmente, a presença de nomes como Christian Bale e Jessie Buckley aumenta as hipóteses de boa bilheteira e cobertura mediática. Culturalmente, a justaposição de romance e horror pode abrir discussões sobre temas contemporâneos — identidade, amor em contextos extremos e a ideia da monstruosidade como construção social.
É também provável que a estreia do trailer potencie conteúdos de redes sociais — análises de fãs, teorias sobre enredo e comparações com outras versões do mito — algo que ajuda a manter o filme no topo das conversas antes da sua chegada aos cinemas.
Conclusão
The Bride apresenta-se como uma reinvenção audaciosa do mito de Frankenstein: estética punk, romance criminal e um elenco repleto de talento prometem um filme que quer ser tanto visualmente marcante quanto narrativamente subversivo. O trailer deixou intrigas suficientes — desde a origem macabra da noiva ressuscitada ao sorriso remendado de Frankenstein — para gerar expetativa. Resta aguardar confirmações oficiais sobre a data de estreia, mas o projecto já se posiciona como um dos lançamentos a vigiar na nova vaga de adaptações de monstros clássicos.
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