Crítica: “Os Sete Magníficos” de Antoine Fuqua

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Os sete estão de volta nesta nova reinvenção do clássico western.

Quando o industrialista Bartholomew Bogue (Peter Saarsgard) toma o controlo da pequena cidade de Rose Creek, os seus cidadãos não têm outra hipótese senão contratar um pequeno grupo de mercenários para os auxiliar no seu momento de desespero.

Em 1954, Akira Kurosawa realizou “Os Sete Samurais”. Um filme, segundo o realizador, fortemente inspirado nos westerns americanos que tanto admirava. Seis anos depois, em 1960, John Sturges realizou “Os Sete Magníficos” homenageando o trabalho do mestre japonês. Na década seguinte, Sergio Leone faria “Um Punhado de Dólares” e “Por Mais Alguns Dólares”, filmes também inspirados nas obras cinematográficas de Kurosawa, mais precisamente em “Yojimbo” e “Sanjuro” e criando um sub-género denominado de spaghetti westerns. Podemos assim dizer que a admiração de Kurosawa acabou por inspirar outros realizadores a revitalizar o género que tanto admirava.

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Em 2016 essa revitalização cabe a Antoine Fuqua (“Dia de Treino”, “Shooter” e “Southpaw”) um realizador extremamente versátil que soube agarrar num género cinematográfico que (salvo certas excepções como “True Grit” e “Django Unchained”) tem sido esquecido pelos estúdios de Hollywood e contar uma história clássica de uma forma divertida, vibrante e acessível ao grande público. Este filme é puro entretenimento e esse é o seu objectivo. No entanto não esquece o historial do género a que pertence e homenageia os trabalhos de Kurosawa e Sturges assim como o “The Wild Bunch” de Sam Peckinpah e “Pale Rider” de Clint Eastwood.  As sequências de acção são espectaculares e em grande escala e a fotografia é fantástica e arrebatadora.

os-sete-magnificos-filmeA escolha de elenco é perfeita. Os actores estão completamente imersos nos seus personagens e Denzel Washington está no seu melhor, mostrando uma vez mais porque é um dos actores mais requisitados de Hollywood. No entanto, o meu destaque vai para Vincent D’Onofrio e Peter Saarsgard. O primeiro por fazer um personagem brilhantemente over the top e o segundo pelo vilão mais asqueroso que tenho memória destes últimos anos.

Em suma, “Os Sete Magníficos” é um filme de pura diversão que merece ser visto no cinema e que mostra como é que se pode voltar a trazer o género dos westerns aos grandes ecrãs.

Quem é que disse que um cão velho não pode aprender novos truques? Certamente não foi Antoine Fuqua.

Bom filme!

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