Crítica | “The Orville”, de Seth MacFarlane

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Seth MacFarlane decide deixar o mundo do cinema para fazer um dos seus mais apaixonados e ambiciosos projetos: “The Orville”!

Voltando à televisão após alguns anos no mundo do cinema, Seth MacFarlane regressa para revitalizar “Star Trek” com “The Orville”, uma paródia como qualquer outra que se já se tenha visto. A diferença é que temos uma paródia em formato televisivo de 40-50 minutos, algo que normalmente não se vê.


Eu, desde o início de “Family Guy”, sou fã do trabalho do Seth. Acho-o uma das pessoas mais cómicas a trabalhar hoje. Mas, infelizmente, o seu talento tem vindo a desaparecer ao longo dos anos. As suas comédias foram passando de um constante “LMAO” para um simples e seco “lol”.
E isso acaba por afetar “The Orville”, uma série que tem bastante potencial para ser melhor do que aparenta ser neste pilot. Mesmo que este tenha bastantes piadas ao longo do episódio, as piadas acabam por não espantar ninguém. Dai o “simples e seco “lol”” proferido pela audiência na maior parte delas.
Mas lá está, sendo um pilot, a série pode vir muito bem a melhorar, quem sabe, para o bem do criador…


Sendo paródia de “Star Trek”, “The Orville” vive nessas expectações, e nada mais. Tendo Star Trek, na altura, revolucionado os efeitos especiais já conhecidos na televisão, “The Orville” pode fazer o mesmo com os seus, visto que é muito bom a nível de efeitos para uma série de tv. Apesar de os sets serem um tanto simples, são futuristas o suficiente para acreditarmos que o mundo que se desenrola pode até ser num futuro não muito distante.
E as criaturas, tirando uma ou outra que parece que já foram vistas em algum lado, são bastante originais para um primeiro episódio.


Outro positivo que posso dar é às interpretações do elenco que agem o mais natural possível, não atirando piadas óbvias à cara das audiências (o que acabará por fazer com que a audiência sinta falta do estilo de comédia de a que MacFarlane habituou muita gente). Mas, fiquei bastante interessado para ver onde é que elas vão e o que lhes acontecerá a partir daqui. Achei bem por parte de MacFarlane não colocar as piadas todas para si, e dar a cada personagem um momento para cada uma se destacar. E é também de esperar que as personagens de Bortus e de Isaac serão as favoritas de quem seguir a série.

Sobre “The Orville” não há muito mais que se diga por agora.
É, deveras, uma série com bastante potencial para ser melhor do que o pilot nos mostrou a nível de comédia a que MacFarlane já é conhecido e nos habituou. Só mesmo as interpretações do elenco e o visual da série é que acabam por tornar o pilot visível. E claro, as pequenas homenagens a Star Trek, que não deve ser muita gente a apanhar.
Acredito que não terá o sucesso que todas as outras coisas em que MacFarlane tocou tiveram, mas sei que irá criar uma pequena fanbase à sua volta, pequena o suficiente para a tornar uma possível série de comédia de culto. É só mesmo esperar para ver a reação do público.

Um grande agradecimento à FOX PORTUGAL pela oportunidade.

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