O ativista e cantor Ezra Miller, de apenas 24 (!) anos, tem o seu futuro assegurado no mundo da sétima arte.
Quando, na adolescência, um problema na fala se revelou prejudicial ao seu crescimento, começou a cantar ópera para desenvolver a voz e atuou com a Metropolitan Opera em New Jersey. Foi o começo de uma carreira próspera, mas o seu verdadeiro talento revelou-se em 2008, quando participou no filme Afterschool de forma irrepreensível.
As suas participações em vários filmes e séries televisivas (como Californication ou We Need To Talk About Kevin – uma sensação do Festival de Cannes) mostraram desde cedo a sua postura, e quem o acompanhou não ficou espantado com a estrondosa, na minha opinião, performance no filme Perks of Being an Wallflower. Ezra Miller é dotado de uma sensibilidade incrível, o que o caracteriza enquanto ator, e conta com uma versatilidade notável, interpretando Flash no mais recente filme da Liga da Justiça, para sair este ano.
Contudo, o papel no qual mais me impressionou (e a milhões de espetadores) foi a interpretação magistral de Credence, um jovem revoltado com a vida e com a mãe e um dos preferidos do público que assistiu ao filme Fantastic Beasts and Where To Find Them. Revelou-se um predestinado, e não foi a sua autodenominação como queer (algo que nós, portugueses, costumamos chamar, em próprio calão, de “maricas”) que o retirou do coração dos fãs.
Ezra Miller – um nome a decorar. Carismático, sensível, versátil, de uma alegria contagiante. Um dos atores a ter em conta no cinema atual, e que daqui a algum tempo acredito dar ainda mais provas do seu valor em produções de renome. O Credence do filme de J. K. Rowling ou o Patrick do filme homónimo da obra literária de Stephen Chbosky ainda não tem um grande nome, mas o seu talento irá provocar a curiosidade de todos nós.