Desde a sua última aparição em 2015, Angelina Jolie regressa ao grande ecrã para deleite de muitos neste “Maléfica: Mestre do Mal”.
Em 2014, Disney estreou mundialmente aquele que eles diziam ser o seu primeiro filme visto sobre a perspectiva do vilão – neste caso, a bruxa má do conto da “A Bela Adormecida”.
Depois de um sucesso junto do público, chega-nos agora, 5 anos depois, a sequela deste sucesso. Falamos, portanto, de “Maléfica: Mestre do Mal”.
A história prossegue com Aurora (Ellen Fanning), agora rainha do seu reino, a receber um pedido de casamento de Philip (Harris Dickinson), numa ocasião para unir os dois reinos em harmonia. Porém, Maléfica (Angelina Jolie) não fica totalmente satisfeita com este evento e, quando são convidadas para ir jantar ao castelo do príncipe, a sua mãe Ingrith (Michelle Pfeiffer) tudo fará para revelar o poder negro de Maléfica.
Tal como no primeiro filme, “Maléfica: Mestre do Mal” é um banquete visual. Com melhores efeitos visuais (apesar de nem sempre limados ao pormenor) e com uma fotografia mais cativante, maravilhando o espectador em momentos-chave.
No que toca às interpretações, todos são competentes, de uma ponta à outra. Porém, Maléfica encaixa como uma luva a Angelina Jolie. O filme brillha com a sua presença. Com beleza e charme a esbanjar, seja em momentos de humor ou mais agressivos, Jolie consegue vender cada segundo em que está presente.
Porém, Jolie não está tempo suficiente presente ao longo de toda a película. Com o argumento dividido entre a história da origem de Maléfica e os problemas terrestres com Aurora, nada é devidamente explorado. Assim sendo, muitos momentos e personagens não têm qualquer fundamento de existir.
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A Rainha de Michelle Pfeiffer é uma vilã demasiado superficial e pouco interessante, muitas das personagens secundárias que ocupam a tela para não ter qualquer impacto no final – tudo isto quebra o filme e rouba tempo de antena ao verdadeiro coração do filme, a Maléfica de Jolie.
Conceitos interessantes como a origem de Maléfica e a tribo de semelhantes a ela dão lugar a momentos triviais como o vestido de noivado de Ellen Fanning ou como Pfeiffer conseguiu descobrir a fórmula para matar as fadas (sendo que isto rouba uns sólidos 10 minutos, quando dava para ser em apenas 2 minutos).
Para além disso, o filme tem alguma dificuldade em balancear o tipo de público-alvo que pretende atingir. Apesar de certos momentos visualmente pesados e de alguns diálogos com nuances bem escritos, “Maléfica: Mestre do Mal” também rebenta com comédia física que apenas resulta quando temos 5 anos de idade e diálogos expositivos, que explicam cada segundo como se tivessem a falar para uma criança.
Dito isto, considero que “Maléfica: Mestre do Mal” é uma melhoria em relação ao seu antecessor. Pouca Jolie e desequilíbrio narrativo, mas visualmente apetecível e, por momentos, interessante, irá entreter o espectador, apesar de ser esquecível a longo prazo.